Em SP, Lula retoma discurso eleitoral sobre picanha mais barata: “Voltar a comprar mais”
Presidente reforçou promessa de volta da picanha à mesa dos brasileiros durante posse da nova direção do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
atualizado
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São Paulo — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou o palanque do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Paulo, neste domingo (23/7), para retomar o discurso de campanha e voltar a prometer picanha e “cervejinha” para os trabalhadores brasileiros.
Lula participava da cerimônia de posse da nova diretoria da entidade, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, berço da trajetória política do presidente.
“A gente vai fazer com que o povo possa voltar a comer a tal da picanha que tinha desaparecido”, afirmou o presidente. “Eu prometi. Tem muita gente que não sabe o carinho que o povo tem com picanha, mas uma ‘picanhazinha’ no fim de semana, com a família reunida, os amigos reunidos, e uma cervejinha gelada é tudo o que a gente quer.”
“Malucos ainda estão nas ruas”, diz Lula sobre bolsonaristas, em evento com metalúrgicos
A fala do presidente foi recebida com aplausos e gestos de “faz o L” da plateia, formada, principalmente, por sindicalistas e operários. “Vocês perceberam que a comida está baixando, que a carne está baixando e que a gente vai poder voltar a comprar mais”, completou o petista.
“Malucos na rua”
Durante o discurso que durou cerca de 25 minutos, Lula também disse que “os malucos estão na rua”, em referência a apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e xingou de “canalha” o suspeito de hostilizar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Vocês têm de estar preparados, porque nós derrotamos Bolsonaro, mas não derrotamos os bolsonaristas ainda. Os malucos estão na rua, ofendendo, xingando pessoas. Vamos dizer para eles que queremos que este país volte a ser civilizado”, declarou o presidente.
“No aeroporto de Roma, um canalha não só ofendeu ele [Moraes], como bateu no filho dele”, disse o petista. “Esse cara é um empresário de uma empresa alemã. Eu entreguei o nome dele para o chanceler alemão, e esse cara foi expulso do partido [PSD] ontem [sábado] pelo [Gilberto] Kassab [secretário de Governo e Relações Institucionais do Estado de São Paulo]”.
O empresário Roberto Mantovani e a família dele são investigados pela suposta agressão ao ministro do Supremo, mas alegam inocência.
“Compromisso com trabalhadores”
Para a plateia, Lula também prometeu aumento do salário mínimo acima da inflação e de acordo com o Produto Interno Bruto (PIB) até o fim do mandato.
“Meu compromisso não é com os banqueiros. Meu compromisso não é com os empresários. Eles sabem que meu compromisso é com o povo trabalhador deste país”, completou Lula.
O evento contou com a participação de ministros, entre eles Márcio França, do Portos e Aeroportos, e Silvio de Almeida (Direitos Humanos e Cidadania), além da presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffman, e da primeira-dama, Janja.