Em SP, apenas três bairros registraram um único caso de dengue em 2024
Dois bairros da região central e um da zona sul registraram apenas um caso de dengue este ano, segundo boletim da Prefeitura de SP
atualizado
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São Paulo – Apenas três bairros da cidade de São Paulo registraram um único caso de dengue em 2024 até o último boletim epidemiológico, lançado em 7 de fevereiro. A capital paulista já soma 6.496 diagnósticos de dengue somente este ano.
Liberdade e Sé, bairros do centro, e Marsilac, na zona sul, foram os únicos que tiveram apenas um diagnóstico de dengue até o momento na cidade. Os dois primeiros, inclusive, também apresentam as menores taxas de incidência da doença: 1,4 e 3,7 casos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.
A taxa de incidência é utilizada na área da saúde para fazer comparativos mais precisos sobre o alcance de uma doença em determinada região. Por isso, a quantidade de casos é calculada numa escala de 100 mil habitantes.
O bairro da Liberdade, por exemplo, tem cerca de 70 mil habitantes e é mais populoso que Marsilac, com população estimada de 10 mil pessoas. Por isso, proporcionalmente, Marsilac é visto como mais afetado pela dengue (com 11 casos para cada 100 mil habitantes) do que a Liberdade (com 1 caso para cada 100 mil habitantes).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que taxas acima de 300 casos por 100 mil habitantes indicam situação epidêmica de dengue.
Entre os dez bairros com as menores taxas de incidência da dengue, quatro ficam no centro, quatro na zona sul e dois na zona leste. Até o momento, a capital paulista registrou uma morte por dengue.
Confira os dez bairros com menos casos de dengue
- Liberdade (centro): 1 caso
- Sé (centro): 1 caso
- Marsilac (zona sul): 1 caso
- Brás (zona leste): 3 casos
- República (centro): 4 casos
- Pari (zona norte): 5 casos
- Cambuci (zona sul): 5 casos
- Bela Vista (centro): 9 casos
- Socorro (zona sul): 10 casos
- Bom Retiro (centr0): 10 casos
Confira os dez bairros com menores taxax de incidência de dengue
- Liberdade (centro): 1,4 casos para cada 100 mil habitantes
- Sé (centro): 3,7 casos para cada 100 mil habitantes
- República (centro): 6,4 casos para cada 100 mil habitantes
- Brás (zona leste): 8,9 casos para cada 100 mil habitantes
- Jabaquara (zona sul): 10,4 casos para cada 100 mil habitantes
- Iguatemi (zona leste): 11,6 casos para cada 100 mil habitantes
- Marsilac (zona sul): 11,7 casos para cada 100 mil habitantes
- Cambuci (zona sul): 12,1 casos para cada 100 mil habitantes
- Bela Vista (centro): 12,2 casos para cada 100 mil habitantes
- Vila Mariana (zona sul): 13,7 casos para cada 100 mil habitantes
Cuidados com a dengue
Sintomas
Os sintomas da dengue podem variar de leves a graves e geralmente aparecem de 4 a 10 dias após a picada do mosquito infectado. As manifestações clínicas incluem:
- Febre alta: a temperatura corporal pode atingir valores significativamente elevados, geralmente acompanhada de calafrios e sudorese intensa;
- Dor de cabeça intensa: a dor é geralmente localizada na região frontal, podendo se estender para os olhos;
- Dores musculares e nas articulações: sensação de desconforto e dor, muitas vezes referida como “quebra ossos”;
- Náuseas e vômitos: podem ocorrer, contribuindo para a desidratação;
- Manchas vermelhas na pele: conhecidas como petéquias, essas manchas podem aparecer em diferentes partes do corpo;
- Fadiga: uma sensação geral de fraqueza e cansaço persistente.
Tratamento
O tratamento da dengue visa aliviar os sintomas e garantir a recuperação do paciente. Algumas medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde incluem:
- Hidratação adequada: a ingestão de líquidos é fundamental para prevenir a desidratação, especialmente durante os períodos de febre e vômitos;
- Uso de analgésicos e antitérmicos: medicamentos como paracetamol podem ser utilizados para reduzir a febre e aliviar as dores;
- Repouso: descanso é essencial para permitir que o corpo combata o vírus de maneira mais eficaz;
- Acompanhamento médico: em casos mais graves, é crucial procurar assistência médica para monitoramento e tratamento adequado;
- Evitar automedicação: o uso indiscriminado de alguns medicamentos, como anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e aspirina, pode agravar o quadro clínico, sendo contraindicado na dengue.
Prevenção
Além do tratamento, a prevenção da dengue é crucial. Medidas como eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, uso de repelentes, telas em janelas e portas, além da conscientização da população sobre a importância dessas práticas, são enfatizadas pelo Ministério da Saúde.