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Em protesto dentro da Abin, agentes pedem saída do DG e ameaçam greve

Pelo menos 150 agentes fizeram manifestação nesta terça-feira (30/4) dentro da entidade, em Brasília; eles cobram melhorias na carreira

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Hugo Barreto/Metrópoles
A sede da Abin, em Brasília
1 de 1 A sede da Abin, em Brasília - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

São Paulo – Em um protesto dentro da sede da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), cerca de 150 agentes e oficiais pediram nesta terça-feira (30/4) a saída do Diretor-Geral, o ex-delegado da Polícia Federal Luis Fernando Corrêa, e ameaçaram entrar em greve.

A entidade que representa esses servidores diz que pode tomar ações mais duras do que uma paralisação e criar uma situação “sem precedentes”.

Oficialmente, a Intelis, associação que representa funcionários da Abin, não mencionou essa pauta, mas alertou para possíveis “ações futuras”.

“A nossa insatisfação tem raízes profundas, considerando especialmente o baixo orçamento em um momento tão crítico para a
segurança nacional e a defesa da Democracia. Com eventos políticos de grande porte chegando ao Brasil, aumenta-se a preocupação com a
presença de espiões estrangeiros e a necessidade de fortalecer nossas capacidades de Inteligência”, diz a entidade.

Entre as demandas dos oficiais, estão a abertura de negociação de reestruturação da carreira com o Ministério de Gestão e Inovação, um canal mais aberto de comunicação com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e a criação de um marco regulatório para a atividade de inteligência no Brasil.

“Embora ainda não tenha atingido o estágio de greve, essa paralisação aponta para um crescente descontentamento dentro da instituição. É importante que as nossas vozes sejam ouvidas e que as preocupações sejam endereçadas”, diz a Intelis.

Segundo os oficiais e agentes, “sem uma resposta satisfatória às reivindicações, há possibilidade real de outras ações em um futuro próximo”.

“Essa seria uma situação sem precedentes para a ABIN, sublinhando a seriedade do momento e a urgência de uma solução por parte do atual governo”, diz.

Resistentes à “Abin Paralela” insatisfeitos

Como mostrou o Metrópoles, as escolhas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o comando da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e os ouvidos moucos do governo com relação a pleitos da agência por mais estrutura e independência de militares e delegados da Polícia Federal (PF) provocou decepção e queixas mesmo entre agentes que resistiram à chamada “Abin paralela” que atuou dentro do órgão durante o governo Jair Bolsonaro (PL).

Os agentes dizem se sentir, sobretudo, colocados na mesma prateleira, de maneira generalizada, onde se encontram policiais federais ligados a Bolsonaro que hoje são investigados por arapongagem com uso da agência.

Eles rechaçam que este grupo tenha conseguido institucionalizar práticas ilegais, apesar das tentativas, e veem nas operações da Polícia Federal apenas mais evidência de que policiais federais ligados ao ex-presidente e alguns agentes cooptados por eles criaram um núcleo de arapongagem que passou ao largo de sistemas internos de operações da agência.

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