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Em posse, Nunes diz que ideologia não pode se sobrepor ao dia a dia

Prefeito Ricardo Nunes tomou posse do segundo mandato nesta quarta-feira (1º/1), em cerimônia realizada na Câmara Municipal de SP

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1 de 1 Foto colorida do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes - Metrópoles - Foto: Rodrigo Freitas/Metrópoles

São Paulo – O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), reeditou nesta quarta-feira (1º/1) frases de seu antecessor, Bruno Covas (PSDB), em seu discurso de posse e também agradeceu ao seu principal aliado político, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Ele ainda fez um discurso pregando a pacificação do país e que a ideologia não se sobreponha ao dia a dia dos trabalhos.

Nunes discursou por cerca de 30 minutos no plenário da Câmara Municipal, logo após ser empossado para o segundo mandato junto com seu vice, o coronel Mello Araújo (PL), e os 55 vereadores eleitos em outubro do ano passado.

Após uma campanha dura em que venceu Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno como candidato oficial do bolsonarismo, Nunes defendeu o diálogo e se definiu como “agente da moderação”. “A ideologia nunca pode ser mais importante do que o dia a dia”, disse.

O prefeito elencou uma série de realizações de sua gestão, disse que seu compromisso “não é com obras faraônicas”, e sim “cuidar das pessoas”, e pregou diálogo para a pacificação do país.

“Solução e resolução de impasses, o Brasil precisa ser pacificado consigo mesmo. Onde reina o trabalho, não reina a discórdia. Onde reina colaboração, não reina divisão. Onde reina propósito, não reina o confronto”, afirmou.

O prefeito começou seu discurso lembrando uma frase do ex-prefeito Bruno Covas.

“Há exatamente quatro anos, exatamente desta mesma tribuna, daqui São Paulo ouviu: não há tempo para personalismos e arrogâncias. São Paulo é maior e mais importante do que qualquer um de nós. São é maior que todos. A ideologia nunca pode ser mais importante do que o dia a dia”, disse Nunes, lembrando do discurso de posse de Covas, há quatro anos.

O emedebista assumiu em 2021 após a morte do tucano. “Confesso que assumir a prefeitura naquelas circunstâncias, perdendo um amigo e um exemplo, foi um momento de dor e de tristeza”, afirmou, referindo-se ao ex-prefeito que morreu em decorrência de um câncer como “um símbolo do que a vida pública pode ter de melhor”.

Após a morte de Covas, ele manteve políticos que lembravam o perfil do ex-prefeito, mais ao centro. Reeleito, trouxe representantes do conservadorismo à sua gestão e se espelha no governo de Tarcísio no ímpeto privatista e linha-dura na segurança.

Ele também agradeceu Tarcísio, a quem se referiu como um “grande amigo”. “Agradeço pelo que superamos e temos motivos para celebrar. Algumas de nossas conquistas são mais notáveis quando consideramos que frutificaram após os piores momentos de nossa história. Isso só prova que se conseguimos fazer tanto nas horas mais difíceis, como inúmeras vezes destaquei durante a campanha, os próximos serão os melhores quatro anos da história da cidade de São Paulo”, disse. O governador não compareceu na cerimônia de posse porque viajou com a família de férias para os Estados Unidos.

Nunes tem demonstrado gratidão a Tarcísio por apoiá-lo em momentos críticos na campanha. Bolsonaro, que apoiou timidamente Nunes naquele período, foi lembrado em apenas um breve agradecimento em relação à indicação do coronel Mello Araújo (PL) para vice de sua chapa –o trecho não consta da íntegra do discurso publicado na internet. Posteriormente, Nunes e Bolsonaro se falaram por chamada de vídeo.

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Nunes posa para foto com cozinheira
Nunes na sala de reuniões do 5º andar da Prefeitura
Nunes ao lado dos aliados Tarcísio de Freitas e Milton Leite
Nunes cumprimenta paciente em unidade de saúde
Nunes durante visita à represa Billings
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Nunes dá a mão a funcionária pública no centro

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Nunes cumprimenta paciente em unidade de saúde

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Nunes durante visita à represa Billings

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Nunes olha para planta de obra pública

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O prefeito ainda lembrou do ex-presidente da Câmara, Milton Leite (União), embora tenha se referido a ele como alguém “difícil de lidar”. Ambos tiveram momentos de parceria e embates até o fim, quando Nunes queria Ricardo Teixeira (União) como presidente da Câmara e Leite tentava emplacar seu afilhado político Silvão Leite.

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