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Em meio à crise da PEC, ministros do STF faltam a evento com Pacheco

Ministros Nunes Marques e Cristiano Zanin, do STF, seriam homenageados nesta 6ª feira em SP ao lado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco

atualizado

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Imagem colorida mostra grupo de homens brancos em um palco
1 de 1 Imagem colorida mostra grupo de homens brancos em um palco - Foto: Bruno Ribeiro/Metrópoles

São Paulo — Os ministros Cristiano ZaninKassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), não compareceram a um evento no qual seriam homenageados, nesta sexta-feira (24/11), em São Paulo, junto com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e outras autoridades.

Dos integrantes da cúpula dos Três Poderes que seriam homenageados no evento jurídico, apenas Pacheco compareceu. As ausências ocorreram em meio à crise entre o Supremo e o Congresso provocada pela aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita os poderes de ministros do STF, na quarta-feira (22/11).

Como mostrou o Metrópoles, o voto favorável à PEC dado pelo senador Jaques Wagner (PT-BA), líder da base governista no Senado, arrastou o governo Lula para dentro da “guerra” entre Senado e Supremo. O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, que é um dos cotados para assumir uma vaga no STF por indicação de Lula, é outro nome da lista de homenageados que não compareceu.

Em nota, a assessoria do STF informou que o ministro Cristiano Zanin iria ao evento, mas precisou desmarcar a viagem por causa de um “compromisso institucional no tribunal”, em Brasília. Já Nunes Marques, segundo a assessoria, “não compareceu por recomendação médica, uma vez que se recupera de cirurgia no quadril”.

O vice-presidente Geraldo Alckmin foi a outro evento fechado em São Paulo nesta sexta-feira e, segundo a organização da premiação, ele comunicou a sua ausência e se desculpou pouco antes do início da cerimônia.

Na quinta-feira (23/11), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que a PEC não era um ataque aos poderes dos ministros do Supremo. Pacheco disse que o texto era um “aprimoramento da Justiça”. A fala foi uma resposta a declarações do presidente do STF, Luis Roberto Barroso, e do decano da Corte, Gilmar Mendes, que fizeram discursos duros contra a aprovação da PEC.

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