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Em baixa, Datena pode ter o pior resultado da história do PSDB em SP

Datena amarga a 5ª colocação na última pesquisa Datafolha, com 6% das intenções de voto, deixando PSDB próximo de pior desempenho em 1992

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Imagem mostra José Luiz Datena, um homem grisalho, apontando com o dedo - Metrópoles
1 de 1 Imagem mostra José Luiz Datena, um homem grisalho, apontando com o dedo - Metrópoles - Foto: William Cardoso/Metrópoles

São Paulo — O PSDB pode amagar neste ano sua pior colocação e menor percentual de votos em uma disputa pela Prefeitura de São Paulo, com base na última pesquisa Datafolha, divulgada na quinta-feira (19/9), que traz José Luiz Datena com 6% das intenções de voto. Ao menos desde 1996, os tucanos jamais tinham encerrado um primeiro turno abaixo dos 15%.

Em pouco mais de um mês, a campanha de Datena naufragou, segundo os resultados mais recentes das pesquisas. O tucano tinha 14% das intenções de voto entre 6 e 7 de agosto, empatado em terceiro lugar com Pablo Marçal (PRTB), mas despencou 8 pontos percentuais até o último levantamento do Datafolha, ficando na quinta colocação, atrás de Tabata Amaral (PSB).

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Datena em debate Rede TV/UOL
Cadeirada de Datena em Pablo Marçal durante debate vira meme; confira
Datena abandona entrevista após considerações finais
O candidato José Luiz Datena (PSDB) na região central de São Paulo
José Luiz Datena (PSDB) durante entrevista da série de sabatinas do Metrópoles com os candidatos à Prefeitura de SP
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José Luiz Datena durante caminhada no Capão Redondo, na zona sul

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Cadeirada de Datena em Pablo Marçal durante debate vira meme; confira

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Datena abandona entrevista após considerações finais

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O candidato José Luiz Datena (PSDB) na região central de São Paulo

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José Luiz Datena (PSDB) durante entrevista da série de sabatinas do Metrópoles com os candidatos à Prefeitura de SP

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José Luiz Datena cercado de jornalistas após ser expulso de debate na TV Cultura

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José Luiz Datena na esquina entre as avenidas Ipiranga e São João, no centro de São Paulo

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José Luiz Datena na sede da Associação dos Delegados, na Avenida Ipiranga, no centro de São Paulo

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Na última semana, apoiadores de Datena chegaram a esboçar um fio de esperança. A cadeirada em Marçal teve repercussão popular positiva, o candidato foi até saudado pela agressão ao rival durante caminhada no Capão Redondo, mas logo as pesquisas demonstraram que o ato não teve o impacto suficiente para alçá-lo a um percentual promissor nas intenções de voto. Restou a solidariedade do próprio partido.

Se confirmada nas urnas, a quinta colocação seria um recorde negativo para o PSDB em disputas pela prefeitura da maior capital do país. Até então, tucanos só tinham amargado quartos lugares, justamente nas duas primeiras eleições das quais participaram, em 1988 e 1992.

Em sua primeira eleição, o PSDB substituiu Franco Montoro, doente, por José Serra. Na ocasião, a campanha tucana se deu em um cenário extremamente desfavorável, meses após a fundação do partido e sem qualquer estrutura para confrontar os favoritos na ocasião. Luiza Erundina (PT) venceu a disputa em que Serra terminou com apenas 6,89% dos votos válidos.

Na disputa seguinte, em 1992, o PSDB teve seu pior desempenho até o momento. Fabio Feldmann levou a candidatura também à quarta colocação, mas encerrou a disputa com 5,83%, patamar inferior ao de Serra. Deu Paulo Maluf (do extinto PDS).

Os anos 1990 terminaram sem que tucanos conseguissem alcançar o segundo turno, com Serra novamente ficando de fora da disputa em 1996, em 3º lugar, com 15,57%. Celso Pitta (do antigo PPB), apoiado por Maluf.

Tucanos terminaram a primeira eleição dos anos 2000 novamente fora do segundo turno, com Geraldo Alckmin em terceiro lugar, com 17,21% dos votos. Foi somente em 2004 que chegaram à prefeitura, com Serra eleito no segundo turno — fez 43,56% no primeiro turno.

Em meio a um racha no próprio partido, Alckmin ficou em terceiro lugar em 2008, com 22,48% no primeiro turno. Gilberto Kassab (do antigo DEM) foi eleito, com apoio de Serra.

Em 2012, Serra terminou o primeiro turno na liderança com 30,75% dos votos, mas perdeu no segundo turno para Fernando Haddad (PT).
Tucanos voltaram à prefeitura apenas em 2016, e dessa vez com um outsider. João Doria foi eleito ainda em primeiro turno com 53,29%, em meio à onda de antipetismo fomentada pela Lava Jato. Doria disputou com então prefeito Haddad, que ficou com 16,7%.

Em 2020, Bruno Covas manteve a prefeitura sob comando tucano ao derrotar Guilherme Boulos (PSol) no segundo turno. No primeiro, já tinha terminado na liderança com 32,86%. O prefeito, entretanto, morreu em 16 de maio do ano seguinte, deixando a cadeira para seu vice, Ricardo Nunes (MDB), que busca agora a reeleição.

Aposta

A candidatura de Datena foi uma aposta de lideranças como Marconi Perillo e Aécio Neves, que julgavam importante contar com um candidato competitivo na disputa pela maior capital do país, já pensando nas eleições nacionais de 2026. Entretanto, a escolha não foi feita sem contrariedade dentro do próprio ninho tucano, com uma ala do partido defendendo a adesão a Nunes.

Durante a campanha, a esperança dos tucanos era a de que Datena conseguisse transformar sua popularidade como apresentador de TV em intenção de voto. Isso não aconteceu até o momento, embora seja bastante festejado pela população em suas curtas caminhadas pela capital paulista.

Datena já afirmou por diversas vezes que escolheu a “eleição errada” e também não escondeu que a sua preferência era pelo senado. Também disse que não pretende se candidatar novamente, caso perca a disputa pela prefeitura.

O apresentador adota uma postura de anticandidato, inclusive se recusando a pedir votos por onde passa.

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