Em audiência, ex-deputada Isa Penna reforça acusação de importunação sexual
Ex-deputado Fernando Cury é réu por importunação sexual após apalpar a então colega no plenário da Alesp em 2020
atualizado
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São Paulo – A ex-deputada estadual Isa Penna (PCdoB) prestou depoimento nesta quarta-feira (26/7) sobre o assédio sofrido em dezembro de 2020 no plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), quando foi apalpada na altura do seio pelo então colega Fernando Cury (União Brasil).
Por meio de videoconferência, a Isa descreveu o ocorrido à juíza Danielle Galhano Pereira da Silva, da 18ª Vara Criminal do Foro Central da Barra Funda. A ex-deputada Erica Malunguinho (PSol), que era correligionária de Isa na ocasião, também prestou depoimento nesta quarta na audiência de instrução, debate e julgamento.
“A audiência transcorreu normalmente, com a oitiva da vítima que relatou novamente a importunação sexual sofrida em 17 de dezembro de 2020. Além da vítima, foi ouvida a Sra. Érica Malunguinho que presenciou os fatos e os confirmou em juízo”, diz nota enviada por Danyelle Galvão e Alice Kok, advogadas de Isa Penna.
Ao Metrópoles, Isa afirma que levará o caso “até o fim”. “Espero da justiça a condenação de Cury e, mais importante, a abertura de precedente importante que seja instrumento para as mulheres se defenderem”, diz.
Procurada pela reportagem, a defesa de Fernando Cury não retornou. O espaço segue aberto para eventuais esclarecimentos.
Próxima audiência
Acusado de importunação sexual, Cury será o último a prestar depoimento sobre o caso. A audiência de continuação foi marcada para o dia 10 de agosto, quando é esperado o depoimento do atual presidente da Alesp, André do Prado (PL).
André estava presente no plenário e conversava com Cury e o deputado Alex de Madureira (PL) momentos antes de o colega abraçar Isa por trás e apalpá-la.
Alex é o atual corregedor da Assembleia, responsável por analisar denúncias contra parlamentares por quebra de decoro e também foi chamado para depor, assim como os deputados tucanos Cauê Macris e Carlão Pignatari. Os três tentam conciliar as agendas com as datas propostas pelo tribunal.