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Em 2 meses, aviões da VoePass tiveram explosão e fumaça em motor

Incidentes foram registrados em menos de dois meses em diferentes aviões da VoePass, empresa envolvida no acidente que matou 62 em Vinhedo

atualizado

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Reprodução/O Globo
Fogo em motor de avião da VoePass
1 de 1 Fogo em motor de avião da VoePass - Foto: Reprodução/O Globo

São Paulo Relatórios obtidos pelo jornal O Globo mostram que, em duas ocasiões recentes, aviões da companhia aérea VoePass, envolvida no acidente que matou 62 pessoas em Vinhedo, no interior de São Paulo, tiveram problemas relacionados a explosões e fumaça no motor. Os documentos foram redigidos pelos próprios pilotos dos aviões.

Em 4 de dezembro do ano passado, passageiros de um ART-62 600 da VoePass viram labaredas saindo de um dos motores durante a decolagem no aeroporto de Araguaína, no Tocantins.

O incidente, registrado em vídeo, teria sido provocado por um estol de compressor, uma interrupção ou desordenação do fluxo de ar nos dutos do motor do avião. O voo teria sido cancelado após a explosão.

27 imagens
Cerca de um minuto se passou entre a constatação da perda de altitude e o choque do avião contra o solo
Destroços de avião
Avião voava de Cascavel (PR) com destino a Guarulhos (SP)
Moradores do condomínio onde avião caiu registraram momento da queda
Tragédia em Vinhedo: 62 pessoas que estavam a bordo de avião morreram
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Modelo do avião era um ATR-72

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Cerca de um minuto se passou entre a constatação da perda de altitude e o choque do avião contra o solo

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Destroços de avião

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Avião voava de Cascavel (PR) com destino a Guarulhos (SP)

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Moradores do condomínio onde avião caiu registraram momento da queda

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Tragédia em Vinhedo: 62 pessoas que estavam a bordo de avião morreram

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Imagens do avião que caiu em Vinhedo (SP)

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Avião caiu dentro de terreno vazio de um condomínio em Vinhedo

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Ninguém sobreviveu

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Avião com 62 pessoas caiu em SP

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Avião caiu dentro de condomínio

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A partir das 13h21 a aeronave não respondeu às chamadas do Controle de Aproximação de São Paulo

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Moradores do condomínio onde avião caiu registraram momento da queda

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Os últimos registros do voo mostram que, instantes antes da queda, o avião estava a 5.190 metros de altura

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A queda foi de aproximadamente 4 mil metros

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Trajeto de avião que caiu em Vinhedo, SP

Flightradar
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O relatório preliminar sobre o caso deve ficar pronto em 30 dias

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Avião voava de Cascavel (PR) com destino a Guarulhos (SP)

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Cerca de um minuto se passou entre a constatação da perda de altitude e o choque do avião contra o solo

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Avião com 62 pessoas caiu em SP

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Avião caiu dentro de condomínio

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Não houve sobreviventes

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A queda foi de aproximadamente 4 mil metros

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A queda durou 1 minuto

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Avião perdeu altitude de forma repentina, segundo investigadores

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Copiloto perguntou o que estava acontecendo antes da queda

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Avião ficou totalmente destruído

Reprodução/TV Globo

Segundo o jornal, o avião foi comprado pela VoePass após 11 anos de operação. Antes, passou por empresas na Índia e em Antígua e Barbuda.

Em 29 de janeiro deste ano, um avião da companhia aérea também se envolveu em problemas com fumaça no motor. Dessa vez, a aeronave envolvida foi um ATR 72, modelo idêntico ao do acidente de Vinhedo.

Segundo o relatório obtido por O Globo, a fumaça teria sido provocada por um vazamento de óleo. O avião, de matrícula PP-PTM, tem 16 anos de uso, passando pela Trip e Azul, até ser comprada pela VoePass em 2015.

“O cheiro, barulho de deslocamento de ar, comissário [nome] me chamou para avisar que estava percebendo um cheiro estranho e logo em seguida me confirmou que o propeller [hélice] estava girando e o motor estava pegando fogo”, diz o piloto no relatório obtido pelo jornal.

“A rádio de Campina Grande (AFIS) realizou contato conosco e avisei que estávamos cientes do sinal de fumaça. Na sequência, desembarcamos e constatamos fumaça da região dianteira da nacelle [suporte do motor fixado na asa de uma aeronave], entre as hélices e motor, e um pequeno sinal de fogo parecendo ter sido motivado pelo vazamento de óleo”, complementa ele.

VoePass

Nessa terça-feira (13/8), o presidente e cofundador da companhia aérea VoePass, comandante Felício, se pronunciou pela primeira vez sobre o acidente aéreo que matou 62 pessoas em Vinhedo.

Em vídeo divulgado pela equipe de comunicação da companhia, Felício afirmou se tratar de um momento de “grande pesar para todos” da empresa.

Segundo o comandante, a VoePass não está “medindo esforços” para prestar apoio aos familiares e citou a realização diária de reuniões com eles, além da criação de um canal exclusivo para comunicação.

Por fim, o presidente da companhia aérea afirma que, desde que assumiu a administração da empresa, há 20 anos, a VoePass atua pautada pelas diretrizes internacionais para “garantir a segurança de todos”.

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