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Em 17 dias, foram mortos em SP mais PMs do que no 1º trimestre de 2023

Foram registrados quatro assassinatos de soldados da Polícia Militar (PM) em 17 dias neste ano; em três meses de 2023, foram três mortos

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batalhão de choque da policia militar - metrópoles
1 de 1 batalhão de choque da policia militar - metrópoles - Foto: Breno Esaki/Metrópoles

São Paulo — Com quatro mortes em um intervalo de 17 dias, o número de policiais militares assassinados neste ano já supera o total de agentes da PM mortos por criminosos no primeiro trimestre de 2023 em São Paulo.

Três das vítimas deste ano estavam fora de serviço — sendo um PM da reserva — e reagiram a tentativas de assalto, e a última delas foi o soldado das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) Samuel Wesley Cosmo, de 35 anos, atingido com um tiro no rosto durante patrulhamento em Santos, no litoral paulista, na última sexta-feira (3/2).

Dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP) mostram que, entre janeiro e março de 2023, dois PMs foram mortos em serviço e um de folga, totalizando três policiais assassinados no estado em três meses.

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PMs mortos a tiros

A primeira morte deste ano foi do soldado da reserva Paulo Marcelo da Silveira, de 69 anos. Ele foi assassinado em 18 de janeiro, no bairro Eldorado, zona sul da capital paulista, após reagir a uma tentativa de assalto em seu táxi, no qual um falso passageiro havia embarcado.

O PM foi ferido e teve a arma roubada. Ele foi levado de helicóptero para o Hospital das Clínicas, onde morreu.

Horas depois, a soldado Sabrina Freire Romão Franklin, de 30 anos, circulava em seu dia de folga com sua moto. Ela foi abordada por ladrões na estrada ecoturística de Parelheiros, também zona sul paulistana.

Sabrina tentou reagir, mas foi ferida a tiros. Os bandidos, que estavam em uma moto, roubaram a arma da policial, que era do 22º Batalhão da PM. Ela foi encaminhada para o Hospital de Parelheiros, submetida a uma cirurgia, mas não resistiu. A abordagem da PM foi registrada em vídeo (assista abaixo).

 

A terceira vítima, o soldado Marcelo Augusto da Silva, morreu após ser atingido por um tiro na cabeça, no último dia 26/1. Ele atuava na Operação Verão e foi ferido durante um assalto, no momento em que voltava para casa de moto, na altura do km 63 da Rodovia dos Imigrantes, sentido capital paulista. Até o momento, dois suspeitos pela morte do policial foram presos.

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Soldado da Rota foi o segundo PM morto no litoral paulista neste ano
PM decretou luto pela morte do policial da Rota no litoral
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Soldado Samuel Wesley Cosmo, no batalhão da Rota na capital paulista

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Soldado da Rota foi o segundo PM morto no litoral paulista neste ano

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PM decretou luto pela morte do policial da Rota no litoral

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Kennedy Cosmo e Samuel Wesley Cosmo

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Soldados da Rota

Por causa da morte do agente Marcelo, a SSP deflagrou uma nova fase da Operação Escudo na Baixada Santista, para asfixiar o crime na região. Na última sexta-feira (2/2), durante uma incursão em uma favela de Santos, o soldado Samuel Cosmo, da Rota, foi assassinado com um tiro no rosto e morreu no hospital.

Policiais militares fazem buscas pelo autor do tiro que matou o agente da tropa de elite da PM. Até a publicação desta reportagem, seis suspeitos haviam morrido em supostas trocas de tiros, realizadas durante a ação para prender o atirador.

“Crime bárbaro”

O Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) lamentou “profundamente” a morte do soldado da Rota, em nota pública de pesar.

O órgão afirma que a ação revela a “frieza do criminoso”, o qual precisa ser “rapidamente identificado e preso”.

O fórum destaca que o crime foi registrado pela câmera corporal do próprio soldado da Rota e que as imagens são “fundamentais” para a identificação do responsável pelo “crime bárbaro”.

“A ação também revela a dura realidade do enfrentamento ao crime em São Paulo e no Brasil, bem como a grave situação de risco que os policiais estão submetidos todos os dias”.

O FBSP chama a atenção para as quatro mortes destacadas nesta reportagem e salienta que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) precisa “revisar os comandos das polícias paulistas, sua política de Segurança Pública”, além de fortalecer “os mecanismos de proteção dos mais de 100 mil profissionais” que atuam na “segurança da população paulista”.

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