“Agora eles me carregam”, afirma mãe paraplégica sobre os filhos
Andrea Schwartz ficou paraplégica em 1998. Ela teve dois filhos que, hoje em dia, a auxiliam nas transferências da cadeira de rodas
atualizado
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São Paulo — Paraplégica há 26 anos, Andrea Schwartz, de São Paulo, usa suas redes sociais para contar como é a rotina de uma pessoa com deficiência. Recentemente, ela viralizou ao mostrar que seus filhos a carregam quando ela precisa ser transferida.
Em uma postagem no Instagram que soma mais de 60 mil curtidas, ela se declarou para os filhos, Gui e Leo, que, por crescerem observando o pai, Jaques Haber, auxiliar a mãe, também passaram a fazer o mesmo. “A palavra convence, mas o exemplo arrasta”, disse Andrea na legenda.
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O vídeo começa com cenas da influenciadora sendo carregada, em diversos momentos diferentes, pelo marido. “Ao longo dos anos, meus filhos observaram o cuidado que o pai deles tem comigo e diziam que queriam ajudar com as transferências também”, escreveu.
Em seguida, as imagens mudam para cenas dela sendo auxiliada pelos meninos. “Essa é uma das maneiras que eles encontraram para falar ‘eu te amo’. Carreguei eles por 9 meses. Hoje são eles que me carregam. Herança é o que você deixa para os seus filhos. Legado é o que você deixa nos seus filhos”, concluiu a mãe.
Na legenda da publicação, Andrea ressaltou o quanto a situação é emocionante para ela. “Quando eles começaram a ajudar, diziam que faziam isso porque queriam demonstrar toda gratidão e amor por mim. Sempre lembro deles dentro da minha barriga, só que agora é eles quem me carregam”, repetiu.
No Instagram, Schwartz também fez um post para contar um pouco mais de sua história. Ela ficou paraplégica em 1998, aos 22 anos, e relata ter sido “um daqueles casos de uma chance em um milhão”. No vídeo, ela explica que um dia sentiu ausência de sensibilidade e fraqueza nas pernas, contando que estava de pé e simplesmente caiu.
A influenciadora, então, foi diagnosticada com uma má formação congênita rara na medula. Ela recebeu uma escolha entre fazer uma cirurgia onde poderia perder o movimento do corpo todo ou não fazer nada e esperar que a recuperação acontecesse sozinha. Andrea optou pela cirurgia e ficou paraplégica.