Batalha virtual entre Tabata e Marçal chega às ruas: “ditadora” x PCC
Eleitores reconhecem Tabata nas ruas e reações vão de “parabéns” por enfrentar Marçal a gritos de “ditadora”
atualizado
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São Paulo — Uma das principais antagonistas de Pablo Marçal (PRTB) nestas eleições municipais em São Paulo, a candidata Tabata Amaral (PSB) tem sido reconhecida nas ruas por causa de seus embates contra o adversário. Nesta segunda-feira (2/9), eleitores abordaram a deputada para fazer comentários sobre o influencer durante uma caminhada dela pelo Largo Treze de Maio, centro de comércio popular em Santo Amaro, na zona sul da cidade.
“Continue enfrentando o Pablo Marçal assim”, disse um homem, que parou para cumprimentá-la, sorrindo. Pouco depois, outro eleitor também falou com a candidata sobre Marçal. “Como é que um cara se coloca dentro de uma rede social daquele jeito? Ele debocha demais”, afirmou ele, que declarou seu voto em Tabata. “Você é inteligente, você vai ganhar”, disse.
Apoiadores de Marçal que reconheciam Tabata, por outro lado, gritavam “faz o M”, slogan do influencer nesta eleição, enquanto ela andava por algumas lojas. Logo no início do trajeto, uma mulher chamou a deputada de “ditadora” por causa da ação, impetrada por seu partido, que culminou na derrubada nas redes de Marçal.
“Como ela quer governar São Paulo se ela mandou calar o cara?”, questionou a mulher para um integrante da campanha de Tabata. No momento do insulto, a candidata falava com outro eleitor, cercada por câmeras de TV. Não foi possível perceber se Tabata ouviu o comentário.
A equipe da candidata, no entanto, rebateu as críticas com gritos de “E o PCC?”. “O PCC tá aí para comandar o Brasil, que se foda, não tem lei”, respondeu a apoiadora de Marçal, que depois voltou atrás e disse ser contrária à facção.
Tabata tem feito ataques à Marçal nas redes sociais destacando o elo do influencer com nomes ligados ao crime organizado. Neste domingo (1º/9), a deputada publicou um vídeo em que relaciona a lavagem de dinheiro feita pelo traficante Pablo Escobar na Colômbia às investigações da Polícia Federal (PF) contra Marçal nas eleições de 2022.
O ex-coach foi alvo de uma operação da PF que apurou crimes de falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita e lavagem de capitais entre alguns candidatos. Na ocasião, Marçal chegou a ser eleito deputado federal, mas teve a candidatura negada pela Justiça eleitoral.
A caminhada de Tabata pela zona sul contou com presença maior de eleitores favoráveis a ela em relação às agendas da campanha no centro, na semana passada. A deputada, assim como os candidatos Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSol), tem eleitorado cativo nessa região da cidade, onde foi criada.