Efeito Marçal: campanhas criticam baixo nível e desistem de debate
Ricardo Nunes, Guilherme Boulos e José Luiz Datena desistem de ir a debate da revista Veja, marcado para esta segunda-feira (19/8)
atualizado
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São Paulo — As campanhas de Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSol) e José Luiz Datena (PSDB) decidiram não participar do debate entre os candidatos à Prefeitura da capital marcado para esta segunda-feira (19/8) pela revista Veja. A decisão foi motivada pelo “descontrole” do influencer Pablo Marçal (PRTB) nesse tipo de evento.
Segundo a revista, apenas Datena não havia confirmado a presença. A equipe de Boulos, contudo, afirma que também não tinha dito que iria. A campanha de Nunes foi procurada, mas não deu explicações: apenas divulgou uma agenda diária do candidato sem o evento.
Na sexta-feira (16/8), o próprio Nunes havia dito que havia pedido a sua campanha para buscar formas de elevar o nível do debate. A atuação caótica de Marçal nos dois encontros coletivos que já ocorreram, sobretudo no da última quarta-feira (14/8), promovido por Faap, Terra e Estadão, havia gerado uma série de críticas sobre falta de propostas e ataques abaixo da linha da cintura entre os concorrentes.
Confronto tenso
Na ocasião, Boulos e Marçal protagonizaram o confronto mais tenso, com o influenciador provocando o psolista com uma carteira de trabalho e o deputado respondendo com um tapa no documento.
Na saída daquele encontro, os marqueteiros Duda Lima (Nunes), Lula Guimarães (Boulos) e Felipe Soutello (Datena) conversaram sobre como garantir debates de melhor nível – chegaram a discutir restringir a participação em debates apenas aos que são organizados pelas TVs, que não têm obrigação de convidar Marçal, posto que ele é de um partido nanico, sem representação oficial.