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Dupla encontrada com bebê que havia desaparecido em SC é solta em SP

Dupla presa por tráfico humano foi solta após decisão da 6ª Câmara de Direito Criminal de São Paulo no último dia 26

atualizado

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Nicolas Areias Gaspar
1 de 1 Nicolas Areias Gaspar - Foto: Reprodução

São Paulo – A Justiça de São Paulo determinou a soltura de Marcelo Valverde Valezi e Roberta Porfírio, dupla presa em flagrante em 8 de maio com um bebê de 2 anos que havia desaparecido em Santa Catarina no fim de abril. Eles foram acusados de tráfico humano.

A 6ª Câmara de Direito Criminal estabeleceu, em 26 de maio, uma série de medidas cautelares a Marcelo e Roberta. Eles ficam proibidos de manter contato com a família da criança, devem comparecer mensalmente em juízo e não podem sair da comarca sem autorização.

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A decisão levou em conta o fato de que a dupla não tinha antecedentes criminais, e ambos possuem residência fixa.

A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público em 30 de maio, e Marcelo e Roberta viraram réus.

Mãe entregou o bebê voluntariamente

Trocas de mensagens reveladas pelo Metrópoles mostram as conversas em que a mãe da criança, Nathalia Areias Gaspar, conversava sobre a entrega do filho. Teria sido ela quem procurou Marcelo pedindo ajuda, dizendo que não tinha condições de cuidar do menino.

Marcelo teria sido o responsável por intermediar o contato entre Nathalia e Roberta, que ficaria com a criança.

As mensagens apontam que Nathalia estava em uma situação de instabilidade emocional e se arrependeu da decisão.

O que dizem as defesas

Fernanda Ferreira Salvador, advogada de Roberta, afirma que a mulher decidiu ficar com o bebê para “ajudar” a mãe dele.

“A Nathalia pediu ajuda. Falou que ela e o filho estavam em uma situação de muita vulnerabilidade, com dificuldade para ter suas necessidades essenciais, que a família não custeava, não ajudava. E a minha cliente foi até lá para dar um apoio, uma ajuda mesmo. E Nathalia pediu para ela [Roberta] ficar com a criança”, afirmou.

Segundo Fernanda, não houve qualquer tipo de pagamento pela entrega do menino.

As advogadas de Marcelo dizem que ele conheceu Nathalia há cerca de 2 anos em um grupo do Facebook voltado a famílias que pretendem adotar e mães que querem “doar” seus filhos.

A defesa afirma que ele pretendia adotar Nicolas, mas sua esposa acabou engravidando e ele desistiu.

Mulheres tentam vender bebês

Reportagem exclusiva publicada pelo Metrópoles revelou que, nesses grupos de Facebook, há mulheres tentando abertamente “vender” seus filhos. Os valores podem chegar até a R$ 40 mil.

Autoridades ligadas à Vara da Infância e Juventude afirmam que o método de adoção “à brasileira” é ilegal e tenta burlar a fila da adoção. Segundo o Ministério Público de São Paulo, os grupos são vulneráveis à atuação de quadrilhas de tráfico humano.

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