Dupla é flagrada “treinando” galos para rinha em SP; veja fotos
Na casa de um dos homens, Polícia Ambiental encontrou galos muito machucados; alguns deles foram “operados” para poder participar de rinhas
atualizado
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São Paulo — Dois homens foram flagrados, pela Polícia Militar Ambiental, “treinando” galos do tipo índio para participação em rinhas, prática proibida por lei federal. O flagrante foi feito na segunda-feira (16/10) em Narandiba, no interior de São Paulo.
A equipe policial foi até o local após receber denúncia anônima. Os dois homens, de 24 e 38 anos, faziam o “treinamento” dos galos era feito embaixo de um pé de manga.
Ao serem flagrados, disseram que estavam “testando” os galos para ver se eram “bons de esporas”. A dupla afirmou, ainda, que não realizava rinhas, apenas “treinava e vendia” os animais.
A Polícia Ambiental foi até a casa de um dos suspeitos, onde encontrou cinco galos índios com ferimentos pelo corpo, pescoço, cabeça e um deles com o bico quebrado. Muitas feridas estavam em processo de cicatrização. Para a polícia, o estado dos animais indica que foram expostos à rinha ou a um treino intenso.
Galos “operados”
Alguns galos estavam com barbelas e cristas operadas, em processo de cicatrização. A cirurgia, segundo a polícia, indica que os animais já estariam “aptos” para participar de rinhas. Além disso, a retirada de barbela, crista e ouvidos dificulta a ação do galo “adversário”, pois ele não consegue “segurar” o opositor com o bico.
Também foram encontrados remédios para tratar galos feridos, quatro buchas para treinos e seringa com agulha. Todo o material foi apreendido.
Na casa do segundo homem, foram localizados outros galos, porém todos sem ferimentos.
A Polícia Ambiental autuou os dois suspeitos por maus-tratos a animais domésticos. Um deles, o homem de 38 anos, foi multado em R$ 18 mil (seis galos machucados) e o outro, em R$ 3 mil (um galo ferido). Eles ainda responderão criminalmente pela infração ambiental.
Como não há depósito para encaminhamento dos animais, os galos foram devolvidos aos proprietários sob o compromisso de que não voltarão a ser submetidos a maus-tratos. O caso foi encaminhado à Delegacia de Narandiba.