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Drogas em malas: veja quem a PF prendeu por esquema em aeroporto de SP

Operação da PF prendeu 17 pessoas suspeitas de integrar quadrilha de tráfico internacional de drogas no Aeroporto de Guarulhos (SP)

atualizado

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Reprodução/TV Globo
Reprodução colorida de imagems do Aeroporto de Guarulhos com Tamiris Zacharias, funcionária da Gol que usa camisa branca e máscara, e Carolina Pennachiotti, da empresa WFS Orbital, de vermelho, no saguão do aeroporto de Guaruhlos - metrópoles
1 de 1 Reprodução colorida de imagems do Aeroporto de Guarulhos com Tamiris Zacharias, funcionária da Gol que usa camisa branca e máscara, e Carolina Pennachiotti, da empresa WFS Orbital, de vermelho, no saguão do aeroporto de Guaruhlos - metrópoles - Foto: Reprodução/TV Globo

São Paulo – A Polícia Federal (PF) identificou participantes de uma quadrilha de tráfico internacional que atuava no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, roubando etiquetas de bagagens de passageiros comuns e colocando-as em malas carregadas de drogas com destino ao exterior. Uma operação prendeu 17 pessoas do bando, ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), nesta semana.

Segundo o programa Fantástico, da TV Globo, um dos líderes do esquema criminoso é Fernando Reis, o Brutus, acusado de planejar uma das ações de envio de droga para o exterior que acabou frustrada pela PF. Ele alega inocência.

Investigadores afirmam que a quadrilha cooptava toda a cadeia de funcionários do aeroporto de São Paulo e de companhias aéreas ligadas ao transporte das malas.

Entre os presos, estão Carolina Pennachiotti, de 35 anos, contratada pela empresa WFS Orbital, que presta serviços no aeroporto, e Tamiris Zacharias, 31, funcionária da Gol Linhas Aéreas.

Elas seriam responsáveis por fazer check-in falso para que malas carregadas de cocaína conseguissem chegar à área restrita do aeroporto. Carolina nega as acusações. Já Tamiris teria confessado o crime à PF.

Na área restrita do Aeroporto de Guarulhos, outros participantes ficavam responsáveis por trocar as etiquetas de identificação das bagagens. Essa é a acusação contra os funcionários Deivid Souza Lima e Pedro Venâncio, que também foram detidos.

Em abril, na primeira fase da operação, foram presos sete funcionários do aeroporto envolvidos na troca das etiquetas.

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Na entrada do aeroporto, é possível ver as jovens chegando com uma bagagem preta e outra rosa
Pelas câmeras internas do aeroporto de Guarulhos, um funcionário seleciona a mala preta das jovens
Ele identifica as informações pessoais na etiqueta da mala
Ele chama o cúmplice, que vai até o local
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Imagens de elevador mostram as goianas saindo de casa com uma bagagem preta

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Na entrada do aeroporto, é possível ver as jovens chegando com uma bagagem preta e outra rosa

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Pelas câmeras internas do aeroporto de Guarulhos, um funcionário seleciona a mala preta das jovens

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Ele identifica as informações pessoais na etiqueta da mala

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Ele chama o cúmplice, que vai até o local

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Um dos integrantes da quadrilha tira foto dos dados

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A mala fica na esteira sob vigilância dos bandidos

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Em seguida, eles aparentam fazer uma ligação

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Na entrada do aeroporto, outras duas mulheres integrantes da quadrilha chegam com outras malas

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Uma funcionária do guichê acena para elas e coloca as malas nas esteiras

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Três minutos após o suposto atendimento, as mulheres saem do aeroporto

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As novas malas contêm 20 kg de cocaína em cada e vão para esteira na área interna

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Os funcionários procuram as malas

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Ao recolher, eles fazem a troca da etiqueta

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Vídeo mostra os criminosos se escondendo em ponto cego para efetuar troca

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Malas de cocaína

De acordo com o delegado da PF Felipe Faé Lavareda, a quadrilha é ligada ao PCC e fazia o check-in de malas clandestinas com cocaína. Para que as bagagens não fossem interceptadas, o bando colocava nelas etiquetas retiradas de passageiros comuns.

“O check-in irregular da mala é geralmente em balcão desativado. A gente tinha ali os funcionários do check-in e toda a cadeia de trabalho da parte restrita do aeroporto cooptados. Isso inclui quem dirige os carrinhos com as malas atrás, quem tira as malas das esteiras, quem carrega a mala no avião. Todo mundo”, disse o delegado após a operação.

Segundo Felipe Lavareda, a mala verdadeira, que tinha a etiqueta retirada, muitas vezes chegava ao destino correto, de modo que os passageiros nem percebiam a irregularidade.

“Entra uma mala clandestina, que usa a etiqueta de uma mala correta, só para poder entrar no avião. Então ficava com uma mala a mais. Às vezes, perde a mala verdadeira, mas às vezes vai para o destino normal.”

Brasileiras presas

O esquema ganhou repercussão quando veio à tona, em abril, o caso de duas passageiras de Goiânia (GO) que tiveram as bagagens trocadas por malas com cocaína e foram presas por tráfico internacional de drogas em Frankfurt, na Alemanha, em 5 de março.

As malas de Jeanne Cristina Paolini Pinho e Kátyna Baía foram despachadas no Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, mas as etiquetas com seus nomes foram colocadas em malas carregadas de drogas dentro do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

Cada bagagem tinha cerca de 20 quilos de cocaína. As malas originais das passageiras nunca foram encontradas.

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