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Drogaria São Paulo é condenada por gordofobia contra consultora

Decisão em primeira estância determina o pagamento de R$ 30 mil à vítima que denunciou o gerente da drogaria por assédio moral

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Fachada de drogaria escrito Drogaria São Paulo
1 de 1 Fachada de drogaria escrito Drogaria São Paulo - Foto: Reprodução/Google Street View

São Paulo — O Tribunal Regional do Trabalho da 2° Região (TRT-2) decidiu a favor da consultora vítima de gordofobia em uma unidade da Drogaria São Paulo, no Guarujá, no litoral de São Paulo. A decisão foi tomada em primeira estância e determinou o pagamento de R$ 30 mil à vítima que denunciou o gerente por assédio moral.

Segundo a investigação realizada pela 1° Vara do Trabalho da Baixada Santista, o homem constantemente chamava a mulher de “velha, gorda e feia”, além de dizer que a mesma era inadequada para a função. A vítima trabalhava como consultora de vendas de produtos de beleza, perfumes e dermocosméticos a cerca de 11 anos.

A vítima chegou a pedir transferência da unidade, porém teve o pedido negado pois apenas o local atual possuía a função de consultora. De acordo com o processo, a mulher não denunciou nenhuma ofensa em canais oficiais da empresa por medo de represálias.

Testemunhas confirmaram as informações e ainda disseram que as ofensas eram proferidas na frente dos outros funcionários. Ainda de acordo com os depoimentos dos colaboradores, a vítima ia ao banheiro chorar.

Após ouvir os relatos e analisar o processo, o desembargador-relator Benedito Valentini decidiu a favor da acusação. Segundo o magistrado, ficou comprovada a prática de “tratamento ofensivo, constrangedor, vexatório e humilhante” e pontuou a gravidade dos fatos ao punir a negligência da empresa com o caso, o que ainda segundo o profissional, criou um ambiente impróprio ao trabalho.

A Drogaria São Paulo alegou falta de provas contra o gerente em questão e usou o fato de não haver nenhuma denúncia na ouvidoria interna da empresa, revelou reportagem da Folha de S. Paulo. Ainda de acordo com o material, a empresa de medicamentos questionou o valor de R$ 30 mil decidido pela justiça, porém não obteve êxito.

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