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Donos de casas em bairros nobres alegam não receber aluguel de startup

Cerca de 80 donos de imóveis em SP processam imobiliária alegando que não receberam dinheiro de aluguéis. Prejuízos chegam a R$ 1,5 milhão

atualizado

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1 de 1 tabas - Foto: Divulgação/Tabas

São Paulo — Cerca de 80 donos de imóveis em bairros nobres de São Paulo entraram na Justiça para receber o dinheiro de aluguéis que alegam não terem sido repassados por uma imobiliária. A soma dos prejuízos pode chegar a R$ 1,5 milhão.

Os proprietários reclamam que, desde abril do ano passado, a startup Tabas by Blueground não transfere os valores que os inquilinos pagam para morar nos imóveis alugados, além de não quitar os condomínios, contas de consumo e as parcelas de IPTU dos apartamentos.

“É desesperador. Uma situação bem delicada tanto para o proprietário quanto para o inquilino”, afirmou a advogada Marcela Miranda, que representa 60 donos de imóveis. Segundo ela, os proprietários foram surpreendidos com atrasos nos pagamentos.

Marcela disse que há casos em que proprietários tiveram energia elétrica e fornecimento de gás cortados. “Imagina [que] o inquilino chega em casa, que paga R$ 15 mil de aluguel, e não tem gás nem luz porque a imobiliária não pagou.” Alguns deles, relata a advogada, são estrangeiros e não falam português.

Além de São Paulo, a Tabas atua no Rio de Janeiro e em Brasília. A imobiliária aluga imóveis em bairros nobres e subloca após fazer reformas e colocar mobílias. Os apartamentos anunciados no site da startup variam de R$ 3 mil a R$ 30 mil por mês.

Segundo Marcela, a justificativa da empresa é “problema de gestão”. De acordo com a advogada, alguns pagamentos só foram realizados por meio de determinação judicial.

O Metrópoles apurou que a empresa está envolvida em pelo menos 340 processos em São Paulo, abertos somente neste ano. A maioria deles trata de despejos por falta de pagamento e inadimplemento, cobranças, rescisões de contrato e devolução de dinheiro.

Procurada, a Tabas afirmou que está ciente dos casos e que “cada situação tem uma motivação específica, prevista em contrato, para suspensão dos pagamentos”. Segundo a imobiliária, em todos os casos compartilhados foram aprovados valores devidos pelos proprietários à Tabas “em razão de benfeitorias que a empresa fez em seus imóveis”.

“Atualmente, a Tabas administra mais de 2 mil imóveis, e esses casos, que representam menos de 2% da nossa base de clientes, estão sendo tratados adequadamente na justiça. Estamos comprometidos em garantir que cada situação seja tratada com a devida atenção e conforme as determinações legais”, disse a empresa, em nota.

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