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Dono de empresa de ônibus já foi preso em 2006 acusado de elo com PCC

Luiz Carlos Pacheco, o Pandora, é dono da Transwolff, uma das empresas de ônibus de SP suspeitas de elo com o PCC; ele foi preso nesta 3ª

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1 de 1 foto colorida de Luiz Carlos Efigênio Pandolfi, o Pandora, dono da Transwolff - Metrópoles - Foto: Reprodução/Redes Sociais

São Paulo — Preso nesta terça-feira (9/4), o dono da Transwolff, uma das empresas de ônibus da capital investigadas por suposta lavagem de dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC), já havia sido detido em 2006, sob acusação de elo com a facção criminosa.

Luiz Carlos Efigênio Pacheco, o Pandora, foi preso em junho de 2006 acusado de ter financiado uma tentativa de fuga de quadros ligados ao PCC na Cadeia Pública de Santo André, no ABC paulista. Na ocasião, ele presidia a Cooperpam, cooperativa de transportes que deu origem à atual Transwolff.

Em depoimento à polícia, na época, Pandora (foto em destaque) negou ligação com o PCC, mas admitiu que a facção tinha atuação dentro da cooperativa.

Pandora também afirmou que o grupo ligado ao PCC era oriundo de outra cooperativa, a Transmetro, e havia entrado na Cooperpam por determinação do petista Jilmar Tatto, quando este ocupava o cargo de secretário de Transportes da gestão da ex-prefeita Marta Suplicy (2001-2004).

Natural da zona sul paulistana, Pandora é ligado ao vereador Milton Leite (União), presidente da Câmara Municipal, e à família Tatto.

Leite havia construído, em 2006, uma das garagens da Cooperpam e detém, na cidade, o controle do bilionário setor de transportes e de subprefeituras da zona sul.

Empresas de ônibus

Em 2001, a gestão Marta regularizou, por meio de cooperativas, a atuação de perueiros que até então realizavam trabalhos clandestinos no transporte público.

As regiões da capital foram divididas entre as cooperativas, que passaram a atuar cada uma em uma área. Na gestão do ex-prefeito Fernando Haddad (2013-2016), atual ministro da Fazenda, as cooperativas foram organizadas em empresas.

Na ocasião, após a assinatura dos novos contratos, Adalto Soares Jorge, então presidente da Transunião, que atuava na zona leste, foi morto com dois tiros. O vereador Senival Moura (PT) chegou a ser investigado por suspeita de participação no assassinato, já que foi um dos fundadores da Transunião e era ligado a Adalto, mas foi inocentado.

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