Dono de bar de rock foi morto após defender funcionária de assédio
Empresário de 58 anos foi morto com golpes de canivete na frente de seu bar, na zona sul de São Paulo; assassino foi preso no local
atualizado
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São Paulo — O empresário Carlos dos Santos Monteiro, o Nenê, de 58 anos, dono do Malta Rock Bar, morto com golpes de canivete por um cliente na noite de sábado (15/6), foi atacado após defender uma funcionária de assédio.
O bar onde o crime aconteceu, reduto de roqueiros da cidade, fica na Praça da Árvore, zona sul de São Paulo. Testemunhas contaram à polícia que, antes do crime, o agressor estava importunando clientes e funcionários. Em dado momento, teria assediado uma funcionária, o que irritou o proprietário do bar.
Nenê teria, então, colocado o cliente para fora do estabelecimento. Já do lado de fora, o homem sacou o canivete e feriu o empresário. Pessoas que testemunharam o crime conseguiram desarmar e imobilizar o suspeito até a chegada da a Polícia Militar.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), quando os policiais chegaram ao local, Nenê jé estava morto. O canivete foi apreendido.
O agressor, identificado como um homem de 34 anos, foi levado à delegacia e permanece à disposição da Justiça. Na delegacia, o homem permaneceu em silêncio. Ele participou de audiência de custódia no domingo (16/6), quando a prisão em flagrante foi convertida para preventiva.
O caso foi registrado como homicídio no 16º DP (Vila Clementino). O empresário está sendo velado nesta segunda-feira (17/6) no Cemitério Gethsêmani, no Morumbi. O enterro será às 11h no mesmo local.
Mensagens nas redes
Nas redes sociais, vários amigos e frequentadores do bar lamentaram a morte e deixaram mensagens de apoio à mulher de Nenê, Luciana. “Infelizmente estava presente ontem. Não tenho palavras que cheguem aos pés de descrever o que foi e tá sendo e nem imagino a sua dor, Lu. Muita, muita, muita força!”, escreveu uma usuária do Instagram.
“Arrasado… Sem palavras… Uma das pessoas mais maravilhosas que conheci na minha vida … Você era especial Nenê…”, postou outro. “Um grande rockeiro e torcedor da Lusa. Que forma banal e cruel de se tirar a vida de um trabalhador dentro do seu bar que ele tanto amava”, acrescentou um terceiro.