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Direita desponta como favorita para vencer nas maiores cidades de SP

Candidatos de direita aparecem entre os líderes nas 15 maiores cidades do estado. Além de Boulos, na capital, PT tenta avançar em 3 delas

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Arte colorida de Tarcísio de Freitas e Jair Bolsonaro sobre o mapa de São Paulo - Metrópoles
1 de 1 Arte colorida de Tarcísio de Freitas e Jair Bolsonaro sobre o mapa de São Paulo - Metrópoles - Foto: Arte/Metrópoles

São Paulo — As eleições municipais nas 15 maiores cidades de São Paulo, neste domingo (6/10), devem ser marcadas pelo predomínio de candidatos de direita nas urnas. Com exceção da candidatura do deputado federal Guilherme Boulos (PSol) na capital, em nenhum outro município um partido de esquerda liderava as pesquisas de intenção de voto até a véspera do pleito — em apenas três delas, o PT tem chances significativas de chegar ao segundo turno.

Nas principais cidades do interior paulista, as campanhas projetam uma disputa entre os partidos do governador Tarcísio de Freitas, o Republicanos, do ex-presidente Jair Bolsonaro, o PL, e o PSD do secretário estadual de Governo, Gilberto Kassab. Em parte desses municípios, aliados de Tarcísio ou Bolsonaro disputavam entre si a liderança nas pesquisas eleitorais até a chegada do pleito neste domingo.

A ascensão desses três partidos no estado, além de outras legendas de direita e centro-direita, como MDB, PP e União Brasil, começou antes mesmo da campanha eleitoral deste ano, com filiações em massa de prefeitos que eram do PSDB. Desde que perderam o comando do governo do estado em 2022 — com a vitória de Tarcísio —, depois de 28 anos de hegemonia, os tucanos encolheram drasticamente em São Paulo.

Nas eleições municipais de 2020, o partido havia conquistado 172 prefeituras paulistas, o maior número entre todas as legendas, mas chega nas disputais atuais com apenas 43 prefeitos. Para esse ano, a legenda tem apenas dois nomes na liderança das pesquisas nas 15 maiores cidades do estado — Santo André e Piracicaba. Há quatro anos, o PSDB também havia conquistado São Paulo, São Bernardo do Campo, São José dos Campos, Santos e Ribeirão Preto.

Em parte das grandes cidades, as disputas são lideradas por candidatos que abandonaram o PSDB, como é o caso de Eduardo Cury (PL), em São José dos Campos, José Parimoschi (PL), em Jundiaí, e Dário Saadi (Republicanos), em Campinas — este último deixou a legenda há mais tempo.

Desde o início da derrocada tucana, no fim de 2022, o PSD foi a sigla que mais cresceu no estado. O partido de Kassab, que havia eleito 65 prefeitos no estado em 2020, hoje tem 329 candidatos em exercício. O PL, subiu de 40 eleitos para os atuais 56, enquanto que o Republicanos de Tarcísio saltou de 23, em 2020, para os atuais 54 prefeitos.

Os três partidos são os que mais têm candidatos na liderança das pesquisas. O PL, em especial, liderava as intenções de votos em quatro das 15 cidades – em São José, com Eduardo Cury , Mogi das Cruzes, com Mara Bertaiolli, Jundiaí, com José Parimoschi, e Santos, com Rosana Valle. Em Guarulhos, o partido ainda tem grandes chances de chegar ao 2º turno com Lucas Sanches (PL).

Com o apoio de Tarcísio, o Republicanos aparece à frente com Dário Saadi, em Campinas, e Rodrigo Manga, em Sorocaba — ambos com chances reais de venceram no primeiro turno. Em alguns casos, o partido rivaliza com o próprio PL, como acontece em Guarulhos, com Jorge Wilson, e em Santos, com Rogério Santos.

“Sangramento” do PT

O crescimento de partidos de direita em São Paulo também coincide com o “sangramento” do PT observado a partir das eleições municipais de 2016, ano marcado pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e pelo auge da Operação Lava Jato, que prendeu lideranças petistas.

Naquele ano, o PT viu o número de prefeituras paulistas encolher significativamente, saindo de 73 eleitos em 2012 para apenas oito. Desde então, o PT luta, sem sucesso, para se restabelecer no estado. Em 2020, foram apenas quatro prefeituras paulistas conquistadas – em Araraquara, Diadema, Mauá e Matão.

Com a volta de Lula à Presidência da República, em 2022, a promessa de retomada nas eleições deste ano foi reacendida, mas as pesquisas eleitorais realizadas durante o período de campanha indicam que isso não deve ocorrer.

Nas quatro cidades onde o partido venceu em 2020, Araraquara e Matão são as cidades onde os candidatos do partido têm mais chances de êxito nas urnas. Em Diadema, por exemplo, a reeleição de José de Filippi Jr. (PT) é ameaçada por Taka Yamauchi (MDB), empatado com o atual prefeito nas últimas pesquisas.

O cenário que se repete em Mauá, onde o atual prefeito Marcelo Oliveira (PT), que disputa a reeleição, aparecia numericamente atrás de Átila Jacomussi (União Brasil) no levantamento do Paraná Pesquisas de 20 de setembro.

Junto com Campinas e São Bernardo do Campo, Mauá faz parte da curta lista de três cidades entre as 15 maiores do estado onde as pesquisas indicam que o PT tem mais competitividade para chegar ao 2º turno.

Nelas, o partido tem feito um investimento de peso. Em Campinas, a campanha do deputado federal Pedro Tourinho (PT), que disputa o segundo lugar das pesquisas com Rafa Zimbaldi (Cidadania), contou com a presença dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Trabalho, Luiz Marinho, em agendas de campanha, além de vídeos gravados pelo próprio presidente Lula.

Já em São Bernardo do Campo, o lançamento da candidatura do deputado estadual Luiz Fernando (PT), em 20 de julho, contou com a presença de Lula. A cidade foi onde o presidente construiu sua carreira política após se destacar como líder sindical, nos anos 1970, e a retomada do poder local foi colocada como prioridade para o partido nas eleições deste ano.

Esse investimento, contudo, não tem sido suficiente para alavancar o nome de Luiz Fernando. No último levantamento Paraná Pesquisas na cidade, de 1º de outubro, o candidato do PT apareceu com 21,5% das intenções de voto, numericamente empatado com Marcelo Lima (Podemos), com 25%, Alex Manente (Cidadania), com 22,8%, e Flávia Morando (União Brasil), com 19%.

 

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