Dior e Hugo Boss: polícia estoura duas fábricas de perfumes piratas
Polícia Civil de Carapicuíba estourou em dois endereços de Guarulhos, Grande São Paulo, fábricas de perfumes e cremes de luxo falsificados
atualizado
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São Paulo – A Polícia Civil localizou duas fábricas clandestinas em Guarulhos, Grande São Paulo, nas quais eram produzidos perfumes e cremes falsificados, vendidos como se fossem de marcas de luxo. O flagrante ocorreu na manhã desta terça-feira (20/6).
Os baixos preços dos produtos chamaram a atenção do 3º DP de Carapicuíba, na Grande São Paulo, após uma apreensão feita recentemente. A suspeita deu início à investigação que culminou na localização das duas linhas de produção ilegais.
Um distribuidor dos produtos falsificados, que prestou depoimento à polícia, indicou ter adquirido os perfumes e cremes na região do Pari, bairro do centro da capital paulista, conhecido pela concentração de comércios populares.
“Investigamos a proprietária de uma grande loja do Pari e descobrimos que ela mora em Guarulhos [Grande São Paulo]. Fizemos um acompanhamento velado e descobrimos dois endereços na cidade, justamente onde as fábricas clandestinas funcionavam”, afirmou ao Metrópoles, nesta terça-feira, o delegado Alexandre Cavalheiro, titular do 3º DP de Carapicuíba.
Em ambos os imóveis, a polícia encontrou caixas com centenas de produtos piratas, prontos para serem vendidos. Também foram localizadas e apreendidas embalagens, rótulos de marcas de grife como Dior, Carolina Herrera, Victoria’s Secret e Hugo Boss.
Nos imóveis, os perfumes e cremes eram fabricados, embalados e rotulados em uma linha de produção improvisada. A polícia ainda contabilizava a quantidade de material apreendido até a publicação desta reportagem.
A proprietária da loja do Pari, apontada como responsável por ambas as fábricas clandestinas, foi presa em flagrante. A identidade dela não foi informada. Ela seria ouvida ainda nesta tarde pela polícia, assim como seus funcionários. Nenhum advogado foi localizado. O espaço segue aberto para manifestações.
Riscos à saúde
Perfumes e cremes falsificados podem causar problemas na pele de quem os usa. Caso o consumidor se depare com produtos com preços muito abaixo do preço, em embalagens de baixa qualidade e sem certificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a orientação é não comprar.
O Procon e o Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade alertam que, além dos possíveis problemas à saúde, comprar perfumes e cremes falsificados estimula a ilegalidade, o crescimento do crime organizado, além de promover concorrência desleal com empresas que respeitam as leis, “gerando falência e desemprego.”