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Caso Dimas: Samu diz que condomínio dificultou socorro à jovem

Áudios apontam dificuldade do Samu em acessar prédio para socorrer Lívia Gabrielle; síndico alega que enfermeiros estavam despreparados

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foto colorida da A jovem Livia Gabriele Da Silva Matos, 19 anos, que morreu após passar mal durante encontro com o jogador corintiano Dimas Cândido - Metrópoles
1 de 1 foto colorida da A jovem Livia Gabriele Da Silva Matos, 19 anos, que morreu após passar mal durante encontro com o jogador corintiano Dimas Cândido - Metrópoles - Foto: Reprodução/TV Record

São Paulo — A equipe de investigação da 5ª Delegacia da Mulher de São Paulo (SP) analisa relatos de socorristas do Samu que atuaram no atendimento à estudante Livia Gabrielle, de 19 anos. Os profissionais de saúde relatam sobre a dificuldade em acessar o apartamento em que a jovem teve a primeira de quatro paradas cardiorrespiratórias que levaram à sua morte.

Livia teve um intenso sangramento na região vaginal, enquanto tinha relação sexual com o jogador da categoria sub-20 do Corinthians Dimas Cândido, de 18 anos. Segundo a família da jovem, o atestado de óbito aponta que um corte de cinco centímetros na parede do saco de Douglas, na região interna da vagina, teria provocado o sangramento. Dimas é ouvido nesta quarta-feira (7/2) pela equipe de investigação.

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Pátio interno de condomínio onde mora Dimas Cândido
Catraca restringe entrada de pessoas em condomínio
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Entrada de condomínio no Tatuapé, zona leste de SP

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Pátio interno de condomínio onde mora Dimas Cândido

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Catraca restringe entrada de pessoas em condomínio

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Em grupos de socorristas do Samu no WhatsApp, circulam áudios em que enfermeiros que teriam atuado na ocorrência dizem que o protocolo de segurança do condomínio em que mora Dimas teria atrasado o acesso ao apartamento. Os porteiros teriam solicitado os documentos de todos os socorristas para fazer o cadastro no sistema do prédio, localizado no Tatuapé, zona leste de São Paulo.

“Tinha que entrar dentro do estacionamento para ter acesso ao bloco. Mas a ambulância não passava ali pela altura. Além disso não tinha ninguém para sinalizar a gente dentro do condomínio. Eu perguntei para um moço que ficava numa barraquinha onde ficava a torre 3. Não era tão longe a distância, uns 200 metros, mas a gente não sabia onde era”, diz a socorrista.

Segundo ela, só havia um elevador funcionando na torre, e ele teria demorado a chegar. “Os porteiros deveriam ser melhor orientados, deveriam ter acompanhado a gente até a torre, para a gente ter um acesso”, afirma ela.

Questionado pelo Metrópoles, o síndico do condomínio, Luís Latoreira, afirma que os porteiros não foram avisados de que uma equipe de resgate foi acionada e por esse motivo não liberaram o acesso de imediato.

“A gente já viu notícias de criminosos usarem até viatura da Polícia Federal para invadir condomínios. Essa é uma medida de segurança. Como a portaria não foi avisada, esse era o protocolo”, afirma Luís.

O síndico, que estava no prédio no momento da ocorrência, aponta despreparo por parte dos enfermeiros, que teriam tido dificuldade para estacionar ambulância e ainda teriam deixado Lívia cair durante o resgate. Segundo Luís, as câmeras de segurança do prédio registraram a cena. As imagens foram encaminhadas para equipe da 5ª DDM.

“O motorista precisava de um treinamento adequado, porque ele não teve a capacidade de estacionar a viatura no estacionamento do condomínio. Depois, não conseguiram levar a maca, eles tiveram que descer carregando a menina em um lençol. No caminho, ainda deixaram ela cair no chão. Em vez de levar a maca até a porta do elevador, deixaram na ambulância, então tiveram que carregar ela no lençol do elevador até lá”, diz o síndico.

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