DHPP assume investigação sobre mortes em operação no litoral de SP
Delegacia especializada em homicídios vai apurar todos os casos envolvendo a morte do soldado da Rota, Patrick Reis, no litoral paulista
atualizado
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São Paulo – O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) assumirá as investigação sobre as mortes ocorridas no litoral paulista, relacionadas à Operação Escudo, que teve início após a morte do soldado das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) Patrick Bastos Reis, de 30 anos, na última quinta-feira (27/7).
A informação foi confirmada pela diretora do DHPP, delegacia especializada em homicídios, Ivalda Aleixo.
“Se houve um excesso, tudo vai ser apurado. Todo mundo aqui tem interesse aqui de mostrar o que aconteceu”, disse Ivalda Aleixo em entrevista à TV Bandeirantes.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou nesta quinta-feira (3/8) que 84 pessoas foram presas pela PM em seis dias de Operação Escudo, entre 28 de julho e 2 de agosto, no litoral de São Paulo. Até agora, há a confirmação de 16 mortos em supostos confrontos com as forças policiais.
Segundo a SSP, do total de prisões, 54 foram em flagrante. Trinta presos eram foragidos da Justiça e acabaram capturados. Além disso, a polícia apreendeu quatro adolescentes.
A morte do PM
Após a morte do policial, iniciou-se escalada da violência na região. Segundo a Ouvidoria da Polícia de São Paulo, o número de mortes pode ser maior do que o divulgado. O órgão também alertou para a denúncia de excessos cometidos por parte das forças policiais. O governador nega que esteja havendo abusos.
No entanto, moradores têm feito relatos e vídeos indicando possíveis abusos. Um vídeo que circula nas redes sociais flagra ação violenta da PM durante abordagem em uma comunidade do Guarujá. A gravação foi feita nos últimos dias.
No vídeo que circula nas redes, é possível ver dois policiais militares saindo de uma viatura em comunidade do Guarujá e avançando sobre um carro preto (veja abaixo). Os PMs gritam e ameaçam os dois ocupantes do veículo. Os homens são agredidos com chutes e golpes de cassetete. A gravação é feita por moradores que observam tudo a distância.