Destinada à advocacia, cadeira no TST pode passar de pai para filho
Filho do ministro aposentado Emmanoel Pereira, advogado Emmanoel Campelo está inscrito para eleição da lista sêxtupla da OAB para o TST
atualizado
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Uma vaga de ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST) pode virar herança familiar. Filho do ministro aposentado Emmanoel Pereira, o advogado Emmanoel Campelo está entre os inscritos para disputar um lugar na lista sêxtupla a ser eleita pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
A vaga do quinto constitucional destinada à advocacia no TST está aberta desde o ano passado. Ao todo, 28 advogados estão inscritos e o Conselho Pleno da OAB formará uma lista sêxtupla no dia 21 de agosto. A partir dela, a Corte elege uma lista tríplice e a envia para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolha o novo ministro do TST.
Se Emmanoel Campelo for o escolhido, ele assumirá a vaga que pertenceu ao próprio pai na Corte. Com a ajuda do ministro aposentado, o advogado já foi conselheiro da Anatel (2017 a 2022) e membro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), entre 2012 e 2016.
Oriundos de Natal, eles cultivaram amizade com a família Faria, do ex-governador Robinson e do ex-ministro das Comunicações Fábio Faria. Também são amigos de longa data de Henrique Eduardo Alves (MDB).
Após ocupar uma série de cargos políticos locais e militar na OAB, Emannoel Pereira foi indicado ao TST pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 2002. Ele era o primeiro da lista tríplice encaminhada pela Corte ao então presidente.
Concorrência
Mesmo influente, o clã não terá vida fácil para emplacar mais um integrante no TST. Campelo disputa a cadeira com nomes como Adriano Avelino, advogado e amigo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e com o Fernando Carlos Araújo de Paiva, apoiado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL).