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Deslizamento faz moradores deixarem prédio em SP: “É uma roleta russa”

Deslizamento nos fundos de obra atinge imóveis vizinhos e parte de moradores já deixou prédio no Sumaré por medo de que tudo venha abaixo

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Imagem mostra monte de terra coberto por lona preta com alicerces à mostra ao fundo - Metrópoles
1 de 1 Imagem mostra monte de terra coberto por lona preta com alicerces à mostra ao fundo - Metrópoles - Foto: William Cardoso/Metrópoles

São Paulo — O deslizamento de terra nos fundos de uma obra na Rua Aimberê, no Sumaré, na zona oeste de São Paulo, atingiu outros imóveis e tem preocupado quem vive em um prédio vizinho. Moradores de 4 dos 18 apartamentos já mudaram do local por receio de que tudo venha abaixo.

O deslizamento ocorreu na manhã da última sexta-feira (6/10) e, desde então, todos esperam uma solução para o problema. O incidente deixou os alicerces à mostra.

“O que gostaríamos é de uma vistoria no nosso prédio. Não dá para deixar os moradores à mercê da sorte”, afirma a advogada Edna Vale, 57 anos, uma das pessoas que deixou o prédio. “É uma roleta-russa”, diz.

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Canteiro de obras de prédio no Sumaré, em São Paulo
Tapume em stand de vendas encobre deslizamento de terra nos fundos de prédios da Rua Aimberê, no Sumaré, em São Paulo
Deslizamento de terra nos fundos de prédios da Rua Aimberê, no Sumaré, em São Paulo
Deslizamento de terra nos fundos de prédios da Rua Aimberê, no Sumaré, em São Paulo
Deslizamento de terra nos fundos de prédios da Rua Aimberê, no Sumaré, em São Paulo
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Deslizamento de terra nos fundos de prédios da Rua Aimberê, no Sumaré, em São Paulo

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Canteiro de obras de prédio no Sumaré, em São Paulo

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Tapume em stand de vendas encobre deslizamento de terra nos fundos de prédios da Rua Aimberê, no Sumaré, em São Paulo

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Deslizamento de terra nos fundos de prédios da Rua Aimberê, no Sumaré, em São Paulo

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Deslizamento de terra nos fundos de prédios da Rua Aimberê, no Sumaré, em São Paulo

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Deslizamento de terra nos fundos de prédios da Rua Aimberê, no Sumaré, em São Paulo

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Prédio na Rua Aimberê, que teve a parte dos fundos afetada por deslizamento de terra

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Prédio na Rua Aimberê, que teve a parte dos fundos afetada por deslizamento de terra

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Frente de stand de vendas na Rua Heitor Penteado, no Sumaré, em São Paulo

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Segundo Edna, o deslizamento é consequência da construção do prédio ao lado, com mais de 20 andares e que ocupa grande parte da quadra. A moradora diz que faltou escoramento de todo o terreno. A obra é de responsabilidade da construtora Tegra, que nega ter qualquer relação com o incidente.

A advogada afirma que não é primeira vez que a construção do prédio pela Tegra causa transtornos na vizinhança. “Já existe uma insegurança desde o início, há dois anos. Houve o rompimento de uma adutora, desceu muita água, entrando na estrutura do meu prédio, que tem mais de 50 anos. Nada foi feito na época”, afirma.

Moradores também apontam o estufamento do piso de alguns apartamentos como consequência da construção vizinha. Também citam trincas e rachaduras. “Tenho amigos engenheiros, mostrei e uma delas disse que era melhor sair do prédio”, afirma Edna.

O deslizamento fez com que escombros caíssem sobre o terreno onde foi levantado o stand de vendas de outro empreendimento, de frente para a Avenida Heitor Penteado, onde anteriormente havia outros imóveis. Terra coberta com lonas plásticas foi colocada no local, como forma de dar sustentação ao que restou dos imóveis com frente para a Aimberê.

O desabamento de uma casa em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, na última segunda-feira (9/10), serviu para aumentar a tensão dos moradores do prédio na Aimberê, segundo Edna.

Prefeitura

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Subprefeitura Lapa, diz que vistoriou o local da obra e interditou parcialmente a área, junto com outro imóvel na Rua Heitor Penteado, número 930, na última sexta-feira (6/10), devido ao solapamento de parte do terreno e risco de segurança da edificação.

“A construtora responsável pela obra foi intimada a tomar as medidas necessárias para contenção e solução das irregularidades no prazo máximo de cinco dias, sob pena de multa diária e demais cominações legais”, diz, em nota.

Já o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP) diz que esteve no local para verificar a presença de empresas e profissionais registrados à frente das atividades de engenharia desenvolvidas, conforme é exigido por lei. Uma empresa, registrada no Crea-SP, foi identificada como responsável pela obra.

O Crea diz que a avaliação de alvarás de funcionamento, interdições e embargos são da responsabilidade e competência da Defesa Civil e prefeitura. “De qualquer forma, o Crea-SP segue apurando o caso em conjunto com os demais órgãos”, afirma.

O que afirma a construtora

A Tegra Incorporadora diz que seu empreendimento não tem qualquer relação com o incidente, que ocorreu em área vizinha, de propriedade de terceiros. “Devido à proximidade da sua obra com o local afetado e seguindo as orientações dos técnicos especialistas, a empresa, por mera liberalidade, realizou preventivamente medidas para garantir a estabilidade do solo”, afirma, em nota.

A construtora Sequoia, responsável pelo stand de vendas da Heitor Penteado, foi procurada nesta quarta à tarde, mas não se manifestou até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto.

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