Desembargador teria lavado dinheiro de propina em posto de combustível
Segundo investigações da PF, posto foi usado para lavar dinheiro relacionado à venda de sentenças por parte do desembargador Ivo de Almeida
atualizado
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Um posto de combustível localizado no bairro Liberdade, em São Paulo, teria sido utilizado para lavar dinheiro relacionado à venda de sentenças por parte do desembargador Ivo de Almeida, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). O estabelecimento fica a apenas 300 metros do gabinete em que o magistrado atuava.
Segundo investigações da Polícia Federal (PF), o local teria sido usado para o pagamento de propina ligada à compra de sentenças em processos que estavam sob a relatoria do desembargador, que atuava como presidente da 1ª Câmara de Direito Criminal do TJSP. As informações são do G1.
A investigação mostrou que em 2017 o estabelecimento recebeu um montante de R$ 100 mil em diversas transações bancárias. Os dois CNPjs que o comércio teve ao longo dos anos estão ligados aos supostos responsáveis por negociar os valores das propinas em nome de Ivo de Almeida.
De acordo com a PF, o local ainda seria usado pelos suspeitos como um ponto de encontro para a negociação de sentenças.
Além do desembargador, outras seis pessoas foram alvos da Operação Churrascada, realizada pela Polícia Federal na última quinta-feira (20/6).
Após a repercussão da operação da PF, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) decidiu afastar Ivo de Almeida de suas funções por um ano. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ainda instaurou uma reclamação disciplinar contra o desembargador.