Desceu quadrado? Veja como fábrica de cerveja fake foi descoberta
Quadrilha colocava tampinhas e rótulos de marcas famosas em garrafas contendo cerveja de qualidade inferior; preço baixo levantou suspeita
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo — A suspeita de comerciantes em relação à venda de cerveja muito barata levou a polícia a desbaratar uma fábrica clandestina de bebida, nessa quinta-feira (18/1), no Jardim Ângela, zona sul de São Paulo. No total, 31 pessoas foram presas.
A quadrilha vendia cervejas de qualidade inferior e trocava os rótulos e tampinhas por outras de marcas líderes, como “Original”, “Brahma”, “Skol” e “Antártica” (veja abaixo).
Os policiais foram acionados por vendedores do Bom Retiro, na região central de São Paulo. Eles suspeitaram do valor de cerveja muito barato cobrado por homens que transportavam a bebida em um caminhão. Os comerciantes, então, chamaram a polícia porque acharam que a carga era roubada.
A partir da denúncia, a Polícia Civil passou a monitorar o caminhão e seguiu o veículo até um galpão que funcionava 24 horas no Jardim Ângela. No local havia grande movimentação de pessoas e alguns homens foram vistos lavando e fechando as garrafas de cerveja com uma prensa, o que motivou a entrada dos policiais.
Assim que viram os policiais, os suspeitos tentaram fugir, mas foram abordados.
Durante a fiscalização na fábrica clandestina, além da adulteração dos rótulos de garrafas, foram localizados prensa, cola e apetrechos para a colocação das tampas. Havia apenas um tipo de cerveja, de qualidade inferior, com diversos rótulos e tampas de marcas famosas do mercado. No total, 683 caixas com 24 espaçamentos contendo garrafas cheias foram apreendidas.
Foram presas 31 pessoas, com idades entre 18 e 51 anos. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), os suspeitos foram encaminhados ao 2° DP (Bom Retiro), onde o caso foi registrado como associação criminosa e falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais.