Derrite terá que explicar ao MPSP uso de helicóptero e hangar da PM
Guilherme Derrite terá que explicar ao MPSP uso de helicóptero Águia 33 da PM para transporte de esposa de amigo em setembrp
atualizado
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São Paulo — O Ministério Público de São Paulo (MPSP) pediu que o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, explique o uso indevido de aeronaves da Polícia Militar para o transporte de seus amigos e familiares.
A solicitação ocorre no âmbito de uma representação movida pela bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) para que o MPSP investigue possíveis práticas de improbidade administrativa na conduta do secretário.
Derrite é acusado de usar um helicóptero Águia 33, da Polícia Militar de São Paulo, para transportar a esposa grávida de um de seus amigos para o Hospital Albert Einstein no feriado de 7 de setembro.
Além disso, um amigo do secretário teria usado o pátio de aeronaves da PM no Campo de Marte, na zona norte da capital, para estacionar um jato particular por 24 horas. Esse jatinho teria sido usado para transportar o secretário em uma viagem para a Bahia.
As informações, citadas no pedido do PT, foram reveladas em uma matéria da revista Piauí.
Contratos com o governo
No início de dezembro, o Metrópoles apurou que um dos empresários que transportaram o secretário no caso do jatinho particular é conselheiro em uma empresa que tem mais de R$ 15 milhões empenhados pelo governo paulista.
No pedido apresentado ao MPSP, o PT menciona o Código de Ética da Administração Pública, que proíbe a recepção de presentes, transportes ou qualquer benefício indevido por parte de agentes públicos.
Procurada pelo Metrópoles, a Secretaria da Segurança Pública enviou uma nota informando que “recebeu a representação parlamentar encaminhada pelo Ministério Público e prestará as informações cabíveis”.