Derrite minimiza denúncias de execução e tortura em ação no litoral
Secretário de Segurança Pública de SP volta a negar violações aos direitos humanos e diz que denúncias feitas na imprensa não são válidas
atualizado
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São Paulo – O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, minimizou os relatos de execução e tortura registrados pela imprensa durante a Operação Escudo, deflagrada em 27 de julho após a morte do soldado Patrick Reis e encerrada depois de 40 dias com 28 mortos no Guarujá e em Santos.
Derrite voltou a afirmar nesta terça-feira (5/9), na sede da Secretaria da Segurança Pública (SSP), na capital paulista, que não ocorreram execuções e violações aos direitos humanos.
Questionado pelo Metrópoles sobre as inúmeras denúncias de abusos registradas pela imprensa ao longo dos 40 dias de Operação Escudo, Derrite minimizou os relatos coletados pelos repórteres.
“É importante essa pergunta. Diante de tantas denúncias que você traz para a gente, denúncias [que] foram feitas onde, na imprensa? A imprensa não é órgão responsável por colher denúncias formalmente”, afirmou. “Eu me baseio nos órgãos que recebem denúncia no papel formal, então fui atrás das minhas corregedorias da polícia civil e da polícia militar”, disse Derrite.
Questionado sobre relatos levados coletados pela Ouvidoria, Derrite disse que o órgão tem o papel de ouvir e repassar denúncias às corregedorias.
“Durante a instauração dos inquéritos, falei eu quero pessoalmente cuidar de cada denúncia. Aí, somei as denúncias tanto da corregedoria da PM quanto da corregedoria da Polícia Civil para que tivesse uma noção, para somar, para ver se bate com as tantas denúncias que você menciona na imprensa. E a somatória das denúncias formais, nas corregedorias das polícias, é zero”, afirmou.