Derrite liga alta dos crimes à herança e promete reduzir com operações
Com alta de assassinatos, roubos e estupros registrados em SP, Guilherme Derrite promete reduzir crimes com operações
atualizado
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São Paulo – Com aumento no número de assassinatos, assaltos e estupros registrados no seu primeiro mês à frente da Segurança Pública (SSP) de São Paulo, o secretário Guilherme Derrite associou a alta dos crimes à herança de gestões anteriores e prometeu reduzi-los com operações policiais.
Segundo dados da SSP, divulgados nesta segunda-feira (27,) as principais estatísticas criminais pioraram em janeiro de 2023, o primeiro mês do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), na comparação com o mesmo período de 2022. Subiram homicídios (5,9%), estupros (14,8%), roubos (2%) e furtos (11,5%) no estado.
“Em um ou dois meses de trabalho, a gente não vai resolver o problema da segurança pública no Estado de São Paulo, ainda mais diante de todas as dificuldades que estamos enfrentando em termos de recomposição de efetivo”, afirmou Derrite.
Em outras ocasiões, o secretário já havia citado o déficit nos quadros policiais como um dos principais gargalos no combate ao crime. Segundo Derrite, a defasagem do efetivo seria de 15% na Polícia Militar, 25% na Técnico-Científica e 33% na Civil.
Efetividade operacional
A alta de crimes em São Paulo foi registrada mesmo com o aumento nos indicadores de produtividade policial.
De acordo com os dados da SSP, houve aumento de 10,3% nas prisões em flagrante e de 25,9% nas detenções por mandado em janeiro. Ao todo, 14.947 pessoas foram presas ou apreendidas (menor de idade).
“Se (o comportamento criminal) está assim com a nossa produtividade operacional, imagina se a polícia não estivesse prendendo tanto quanto está prendendo”, declarou o secretário.
O aumento de prisões seria resultado de mais operações das Polícias Civis e Militares, segundo Derrite. Na avaliação do secretário, a produtividade vai refletir na redução de crimes ao longo do ano.
“A produtividade operacional, garanto para você, está diretamente relacionada à estabilidade dos indicadores criminais. Isso a gente deve apontar nos próximos meses”, disse. Segundo afirma, os dados preliminares de fevereiro, que ainda não foram divulgados, indicariam que a curva da criminalidade estaria em “estabilidade apontando para um declínio”.