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Derrite diz que vai rever câmeras corporais na Polícia Militar de SP

Secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite diz que vai rever câmeras corporais na PM; há um mês, Tarcísio disse que iria mantê-las

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suspeito Tarcísio e Derrite Imagem colorida mostra Guilherme Derrite, homem branco, vestido de terno escuro e camisa branca
1 de 1 suspeito Tarcísio e Derrite Imagem colorida mostra Guilherme Derrite, homem branco, vestido de terno escuro e camisa branca - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, afirmou que vai rever o programa de câmeras corporais na Polícia Militar de São Paulo, o Olho Vivo, apontado como um dos responsáveis pela queda de letalidade durante ações policiais.

Em entrevista à rádio Cruzeiro, de Sorocaba, na quarta-feira (4/1), a primeira como chefe da segurança do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), Derrite disse ter encomendado ao Comando-Geral da PM um estudo sobre a efetividade das câmeras corporais.

“Nós vamos rever o programa. O que existe de bom vai permanecer e o que não está sendo bom, e que pode ser cientificamente comprovado, a gente vai propor ao governador (Tarcísio de Freitas) possíveis alterações”, afirmou Derrite, que é capitão da reserva da PM e deputado federal licenciado pelo PL.

No início de dezembro, antes da posse, Tarcísio de Freitas havia recuado da promessa feita na campanha, de retirar as câmeras corporaris, e disse que iria “manter” o programa implementado pela PM no governo do PSDB.

Estudo da PM

Segundo o secretário, a ideia é contrastar a análise feita pela PM com a pesquisa apresentada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que apontou impacto positivo do programa Olho Vivo. De acordo com o relatório da pesquisa, houve redução de 57% no número de mortes e 63% nas lesões decorrentes de intervenção policial nos batalhões onde as câmeras são utilizadas.

“Eu pedi o estudo que foi feito pela Fundação Getúlio Vargas. Eu pedi que a Polícia Militar me apresentasse também um estudo comparativo para que a gente possa analisar os prós e os contras”, disse. “O principal motivo da polêmica é a forma como as câmeras foram implementadas: ‘Porque eu estou mandando e vai ser assim a partir de hoje’.”

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Trabalho policial

Ainda na visão do secretário, o uso de tecnologia deve ajudar a “proteger a população” e também facilitar o “trabalho policial”. “Se, de fato, a gente chegar à conclusão que um ou outro aspecto está atrapalhando, não está sendo positivo, a gente pode rever o programa.”

O programa de monitoramento da ação policial por meio de câmeras corporais, começou a ser implantado em 2021, durante o governo de João Doria (ex-PSDB). Atualmente, o Olho Vivo conta com mais de 10 mil câmeras, instaladas nas fardas dos PMs, que monitoram as atividades de aproximadamente 40 mil agentes, cerca de metade da atual tropa paulista.

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