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Derrite diz que imprensa “romantiza” traficante: “Guerra cultural”

Secretário da Segurança Pública de São Paulo avalia que repercussão dos crimes na mídia “qualifica” os bandidos envolvidos

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suspeito Tarcísio e Derrite Imagem colorida mostra Guilherme Derrite, homem branco, vestido de terno escuro e camisa branca
1 de 1 suspeito Tarcísio e Derrite Imagem colorida mostra Guilherme Derrite, homem branco, vestido de terno escuro e camisa branca - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo —  O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, disse, em uma live nesta segunda-feira (13/11), que a imprensa “romantiza” a vida de traficantes e que o debate sobre segurança no Brasil vive uma “guerra cultural”. O secretário participou de uma conversa transmitida pelo perfil do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Durante a conversa, Derrite citou ações realizadas pela Polícia Civil de São Paulo na região da Cracolândia, com prisões de traficantes, e a Operação Escudo, deflagrada após a morte do soldado Patrick Reis Bastos, das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), em julho deste ano.  De acordo com ele, a repercussão da imprensa sobre essas ações por vezes “qualifica” os criminosos envolvidos.

 “A imprensa, algumas vezes, romantiza a vida do ‘cara’ [traficante]. Como foi a questão do soldado Patrick Reis. O ‘sniper do tráfico’ [sobre o atirador que matou Patrick], chamando o bandido de sniper, qualificando. Então, existe uma guerra cultural por trás”, afirmou.

“Canalha” e “covarde”

Não é a primeira vez que Derrite fez comentários sobre a imprensa. No último dia 25, o secretário disse em um evento privado que parte da imprensa paulista é “canalha”, “covarde” e “trabalha a favor do crime”.

A declaração ocorreu no 3º Congresso de Operações Policiais, enquanto Derrite fazia um balanço dos 10 meses de gestão. A plateia era formada por policiais e empresários do ramo das armas.

Ao comentar denúncias de violência policial na Baixada Santista, durante a Operação Escudo, Derrite afirmou que parte das notícias divulgadas pela imprensa era falsa.

“Os senhores acham que aquela conversa furada de uma imprensa, uma parte da imprensa canalha, que solta fake news dizendo que o indivíduo foi torturado, arrancaram as unhas e depois executado, nenhum laudo do Instituto Médico Legal apontou hematomas, muito menos sinais de tortura”, disse o secretário.

“Como diria um ex-comandante meu: esses indivíduos, não é que eles torcem para o outro lado. Eles trabalham a favor do crime, esses covardes”, completou.

Derrite teria sido ovacionado ao dizer que criminosos que atentam contra a vida de policiais serão “caçados”. “Quando eu falo ser ‘caçado’, preferencialmente será preso. Eu sei que tem órgãos na imprensa aí que estão loucos para soltar uma notinha”, explicou.

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