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Derrite defende PMs da Rota acusados de forjar confronto e matar homem

Secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite diz crer na inocência dos policiais e que irá aguardar processo: “Confio na minha tropa”

atualizado

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Marcelo S. Camargo / Governo doEstado de SP
Imagem colorida mostra guilherme derrite, homem branco, grisalho, de cabelo ralo, de terno e gravata, falando ao microfone em um púlpito
1 de 1 Imagem colorida mostra guilherme derrite, homem branco, grisalho, de cabelo ralo, de terno e gravata, falando ao microfone em um púlpito - Foto: Marcelo S. Camargo / Governo doEstado de SP

São Paulo – O secretário estadual da Segurança Pública, Guilherme Derrite, defendeu nesta quarta-feira (20/12) os dois policiais militares da Rota denunciados à Justiça por forjar um confronto no litoral de São Paulo após matar um homem desarmado.

“Eu confio nos meus policiais e vou confiar até o julgamento. Mesmo que eles sejam pronunciados e tenham que responder no Tribunal do Júri, enquanto houver recurso e não houver comprovação que houve falha deles, eu confio na minha tropa, confio nos policiais”, disse o secretário, durante um evento de entrega de viaturas para a Polícia Civil feito pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Perguntado se acreditava na inocência dos policiais, Derrite respondeu que sim. “Como que não? Todo mundo é inocente até que se prove o contrário”, afirmou.

Denúncia contra PMs da Rota

Segundo o Ministério Público, os PMs Eduardo de Freitas Araújo e Augusto Vinícius Santos de Oliveira, lotados na Rota, mataram Rogério Andrade de Jesus, de 49 anos, em 30 de julho. Os PMs faziam parte da Operação Escudo, uma ação da gestão Tarcísio organizada em represália à morte de outro PM da Rota, que resultou na morte de 28 cidadãos na cidade do Guarujá.

A Operação Escudo foi a ação mais letal da PM desde o Massacre do Carandiru, em 1992, e motivou a criação de uma força-tarefa do Ministério Público de São Paulo (MPSP) para investigar as mortes. A denúncia contra os PMs Araújo e Oliveira é a primeira feita à Justiça.

Os três promotores que assinam a denúncia contra os dois PMs afirmam que, naquele dia, os PMs estavam no Morro do Macaco, na Vila Zilda, no Guarujá. Jesus foi encontrado em casa e assassinado sem resistência. Ele havia sido preso e seu atestado de antecedentes inclui passagens por furto, roubo, receptação, porte ilegal de armas e homicídio.

Depois de matar Jesus, os PMs “plantaram”, ainda segundo o MPSP, uma arma e um colete à prova de balas na casa da vítima e, para isso, obstruíram suas câmeras de segurança.

Ao ser confrontado com essas informações, Derrite primeiro disse não saber se o MPSP realmente fez essas afirmações e, depois, afirmou que era “prematuro” se manifestar sobre algo nesse sentido.

Com Araújo e Oliveira, seis PMs da Rota já foram denunciados à Justiça neste ano por forjar falsos confrontos policiais para justificar o assassinato de cidadãos que os policiais julgaram estarem praticando crimes. Os outros quatro PMs participaram da morte de um suspeito na Rua da Consolação, no centro da cidade, em janeiro.

 

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