Derrite diz que polícia “fecha cerco” em atuação do PCC na Cracolândia
Cerca de 150 mandados foram cumpridos na manhã desta quinta (13/6) na Cracolândia; objetivo é desestruturar fornecimento de drogas do PCC
atualizado
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São Paulo — O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, disse que a Polícia Civil de São Paulo está “juntando as peças” do quebra-cabeça sobre o fornecimento de drogas do Primeiro Comando da Capital (PCC) à Cracolândia. Nesta quinta-feira (13/6), foi deflagrada a 3ª Fase da Operação Downtown, que mira pequenos hotéis que, segundo as investigações, serviriam como depósitos de drogas e abrigo para traficantes e usuários de drogas na região central da capital.
Foram expedidos 140 mandados judiciais, entre eles 28 de busca e apreensão em hospedarias e 26 de bloqueios de contas que seriam usadas para lavar dinheiro do PCC, de acordo com investigações do Denarc. Até o momento, 10 pessoas foram presas em flagrante.]
“Ao que parece, com o resultado da operação, a gente está conseguindo juntar as peças do quebra-cabeça (…). E o mais importante é que estamos chegando nas empresas que estão sendo utilizadas para essa lavagem de dinheiro”, disse Derrite.
O secretário não deu detalhes sobre a quantidade de drogas apreendidas até o momento e prometeu uma nova entrevista coletiva, às 11h30, após o fim da operação. “O objetivo dessa operação não é apreender drogas especificamente”, disse.
Segundo o secretário, o eventual envolvimento dos suspeitos presos com o crime organizado será analisado posteriormente.
“O crime organizado tem que ser combatido com inteligência e com asfixia financeira. Se o lucro principal do crime organizado é com a venda de drogas, a gente tem que ir atrás do caminho do recurso de que o crime se utiliza”, afirma. “A gente está fechando o cerco”.