Dengue: São Paulo ultrapassa 160 mil casos e chega a 44 mortes
Estado de São Paulo registrou 160.391 casos de dengue e mais seis mortes pela doença nesta quinta (7/3); Iguape registrou primeira vítima
atualizado
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São Paulo — O estado de São Paulo ultrapassou os 160 mil casos de dengue e chegou a 44 mortes pela doença nesta quinta-feira (7/3), segundo dados da Secretaria Estadual da Saúde (SES). Além das vítimas confirmadas, outras 148 estão em investigação.
Dos 160.391 casos confirmados, 197 são de dengue grave, de acordo com o painel de monitoramento da pasta.
Os municípios de São José dos Campos, no interior, e Iguape, no litoral sul, registraram a primeira morte por dengue. Ambas as cidades vivem uma epidemia da doença, com a situação mais grave em São José dos Campos, que apresenta uma taxa de incidência atual de 906 casos para cada 100 mil habitantes — a partir de 300 é considerado estado epidêmico.
Guarulhos e Taubaté tiveram mais duas vítimas de dengue cada, chegando ao total de 5 e 4 mortes, respectivamente. A sexta morte registrada nesta quinta aconteceu em Campinas, que chegou a duas vítimas da doença.
As demais mortes foram registradas em Bariri (2); Batatais (1); Bauru (1); Bebedouro (1); Boracéia (1); Bragança Paulista (1); Franca (2); Jacareí (2); Mairiporã (1); Marília (3); Matão (1); Mauá (1); Parisi (1); Pederneiras (3); Pindamonhangaba (2); Ribeirão Preto (2); São Paulo (2); Serrana (1); Suzano (1); Tremembé (1); e Votuporanga (1).
Na última terça-feira (5/3), o governo do estado decretou estado de emergência para dengue. A decisão foi tomada depois que São Paulo atingiu 311 casos confirmados da doença para cada grupo de 100 mil habitantes, o que configura situação de epidemia.
Sintomas da dengue
Os sintomas da dengue podem variar de leves a graves e geralmente aparecem de 4 a 10 dias após a picada do mosquito infectado. As manifestações clínicas incluem:
- Febre alta: a temperatura corporal pode atingir valores significativamente elevados, geralmente acompanhada de calafrios e sudorese intensa;
- Dor de cabeça intensa: a dor é geralmente localizada na região frontal, podendo se estender para os olhos;
- Dores musculares e nas articulações: sensação de desconforto e dor, muitas vezes referida como “quebra ossos”;
- Náuseas e vômitos: podem ocorrer, contribuindo para a desidratação;
- Manchas vermelhas na pele: conhecidas como petéquias, essas manchas podem aparecer em diferentes partes do corpo;
- Fadiga: uma sensação geral de fraqueza e cansaço persistente.
Tratamento
O tratamento da dengue visa aliviar os sintomas e garantir a recuperação do paciente. Algumas medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde incluem:
- Hidratação adequada: a ingestão de líquidos é fundamental para prevenir a desidratação, especialmente durante os períodos de febre e vômitos;
- Uso de analgésicos e antitérmicos: medicamentos como paracetamol podem ser utilizados para reduzir a febre e aliviar as dores;
- Repouso: descanso é essencial para permitir que o corpo combata o vírus de maneira mais eficaz;
- Acompanhamento médico: em casos mais graves, é crucial procurar assistência médica para monitoramento e tratamento adequado;
- Evitar automedicação: o uso indiscriminado de alguns medicamentos, como anti-inflamatórios não esteroides (aines) e aspirina, pode agravar o quadro clínico, sendo contraindicado na dengue.
Prevenção da dengue
Além do tratamento, a prevenção da dengue é crucial. Medidas como eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, uso de repelentes, telas em janelas e portas, além da conscientização da população sobre a importância dessas práticas, são enfatizadas pelo Ministério da Saúde.