Dengue em SP: estado registra 7 mortes e casos quadruplicam na capital
São Paulo já registra sete mortes por dengue no início de 2024; casos mais que quadruplicaram na capital e Jacareí decretou emergência
atualizado
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São Paulo — O estado de São Paulo continua em alerta máximo devido ao aumento de casos de dengue. Ao todo, sete pessoas morreram da doença neste ano, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde e de secretarias municipais. Foram duas mortes em Jacareí, duas em Pindamonhangaba, duas em Bebedouro e uma em Dois Córregos, todas no interior paulista.
Somente nas três primeiras semanas de 2024, foram confirmados 10.278 casos de dengue, até 20 de janeiro, de acordo com a Secretaria de Saúde. Em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram registrados 8.466 casos, houve aumento de 22%.
Na capital, o número de registros mais que quadruplicou nas três primeiras semanas de 2024, em comparação ao mesmo período do ano passado. Segundo dados da Prefeitura de São Paulo, foram confirmados 1.792 casos da doença até 22 de janeiro deste ano.
Em 2023, no mesmo período, foram registrados 443 — a administração municipal, inclusive, atualizou os dados do ano passado no último boletim periódico, acrescentando 14 casos nas três primeiras semanas epidemiológicas.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou, nesta terça-feira (30/1), que enviou ofício para o Ministério da Saúde solicitando doses da vacina contra a dengue. Segundo ele, a cidade “tem peculiaridades, uma concentração de pessoas muito grande”, o que justificaria o envio.
A capital ainda não registrou mortes em 2024. No entanto, em outras cidades paulistas já há registros de vítimas fatais no mês de janeiro. Embora a Secretaria Estadual da Saúde só confirme quatro mortes até o dia 20, as prefeituras de Jacareí, Bebedouro, Dois Córregos informaram mais uma morte em cada cidade. Os três casos ainda não foram contabilizados pela secretaria estadual.
Em Jacareí, a prefeitura decretou estado de emergência e alerta epidemiológico em função do aumento significativo nos casos de dengue nos últimos dias. Os dados atualizados nesta terça-feira (30/1) apontam 1.413 casos da doença confirmados na cidade.
A administração municipal enviou ofício ao Ministério da Saúde solicitando a inclusão de Jacareí na lista de cidades que receberão a vacina contra a dengue.
Sintomas
Os sintomas da dengue podem variar de leves a graves e geralmente aparecem de 4 a 10 dias após a picada do mosquito infectado. As manifestações clínicas incluem:
- Febre alta: a temperatura corporal pode atingir valores significativamente elevados, geralmente acompanhada de calafrios e sudorese intensa;
- Dor de cabeça intensa: a dor é geralmente localizada na região frontal, podendo se estender para os olhos;
- Dores musculares e nas articulações: sensação de desconforto e dor, muitas vezes referida como “quebra ossos”;
- Náuseas e vômitos: podem ocorrer, contribuindo para a desidratação;
- Manchas vermelhas na pele: conhecidas como petéquias, essas manchas podem aparecer em diferentes partes do corpo;
- Fadiga: uma sensação geral de fraqueza e cansaço persistente.
Tratamento
O tratamento da dengue visa aliviar os sintomas e garantir a recuperação do paciente. Algumas medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde incluem:
- Hidratação adequada: a ingestão de líquidos é fundamental para prevenir a desidratação, especialmente durante os períodos de febre e vômitos;
- Uso de analgésicos e antitérmicos: medicamentos como paracetamol podem ser utilizados para reduzir a febre e aliviar as dores;
- Repouso: descanso é essencial para permitir que o corpo combata o vírus de maneira mais eficaz;
- Acompanhamento médico: em casos mais graves, é crucial procurar assistência médica para monitoramento e tratamento adequado;
- Evitar automedicação: o uso indiscriminado de alguns medicamentos, como anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e aspirina, pode agravar o quadro clínico, sendo contraindicado na dengue.
Prevenção
Além do tratamento, a prevenção da dengue é crucial. Medidas como eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, uso de repelentes, telas em janelas e portas, além da conscientização da população sobre a importância dessas práticas, são enfatizadas pelo Ministério da Saúde.