1 de 1 Aedes aegypti, também conhecido como mosquito da dengue - Metrópoles
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São Paulo – O número de casos de dengue aumentou 47% na capital paulista, segundo dados do último boletim epidemiológico de arboviroses, que inclui ainda zika e chikungunya. O relatório foi divulgado pela Secretaria Municipal da Saúde na segunda-feira (6/3).
Foram 938 ocorrências da doença na 9ª semana epidemiológica de 2023, que foi de 26 de fevereiro a 4 de março, ante 637 casos de dengue registrados no mesmo período no ano passado.
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A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente à morte
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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias
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A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos
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No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses
micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes
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Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos
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No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte
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Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue
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Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão
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Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada
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Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas
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Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas
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A quantidade de infecções registradas na 9ª semana epidemiológica de 2023 é a maior dos últimos três anos. Um número superior a esse só tinha sido registrado em 2019, quando ocorreram 1.019 casos de dengue.
O bairro onde mais pessoas estão adoecendo com dengue é a Barra Funda, na zona oeste, que tem 42,2 casos por 100 mil habitantes.
Em segundo lugar está o Pari, an região central, que tem um coeficiente de incidência por 100 mil habitantes (INC) de 41,4. O terceiro bairro com o maior INC é o Tremembé, na zona norte, com 25,1.
Em seguida, aparecem Perdizes, com 20,1, e Pinheiros, com 19,8, ambos na zona oeste paulistana.
Na capital paulista como um todo, a média de incidência de dengue a cada 100 mil moradores é 6,71. Até o momento, a dengue não causou nenhuma morte na cidade em 2023. No ano passado, o município registrou duas mortes em decorrência da doença.