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Delegado que agrediu GCMs diz ter sido “torturado” com arma de choque

Delegado de Taboão da Serra ofendeu e agrediu GCMs após sua namorada se envolver em um acidente de trânsito na capital paulista

atualizado

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1 de 1 galeria_gentil-2 - Foto: Reprodução/Instagram

São Paulo — O delegado Rodrigo Gentil, que agrediu guardas civis metropolitanos (GCMs) em frente ao 14º Distrito Policial (Pinheiros) da capital paulista, na madrugada desse domingo (11/6), afirmou em depoimento à Corregedoria da Polícia Civil ter sido torturado com uma arma de choque pelos GCMs.

Exames clínicos feitos após a ocorrência mostram que Gentil (foto em destaque) estava embriagado no momento da agressão, na qual derrubou um dos guardas no chão (assista abaixo).

 

O policial civil, de 39 anos, afirmou que estava em um bar, na Vila Madalena, bairro boêmio da zona oeste, acompanhado da namorada, de 30

Por volta da meia-noite, ainda de acordo com Gentil, ele discutiu com a namorada e saiu do bar acompanhado por amigos. Ele teria entrado no carro de um deles e dado uma volta no quarteirão.

Chegando novamente ao bar, ele afirmou ter visto a namorada “cercada de GCMs”, já na rua.

Primeiramente, segundo o relato, Gentil não teria se identificado como delegado e foi interpelado pelos GCMs.

“Sem nenhum motivo aparente, foi jogado por um dos guardas dentro de um veículo, que não se recorda qual. Disse que, sem nenhum motivo, passou a ser torturado com disparos de uma arma de choque do tipo taser”.

Foi nesse momento, prossegue Gentil, que ele se identificou como delegado da Polícia Civil e deu voz de prisão em flagrante ao guarda que o teria atacado com a arma de choque. Em seguida, teria solicitado apoio para a Polícia Militar.

O delegado, que é titular do 1º DP de Taboão da Serra, garantiu à Corregedoria ter gravado “todo o ocorrido” e se comprometeu a “apresentar as imagens em mídia.”

“Eventuais outras imagens das câmeras dos estabelecimentos comerciais também podem esclarecer o ocorrido, corroborando sua versão”, diz trecho do relato do delegado.

Versão dos GCMs

Os guardas que atenderam à ocorrência afirmaram, também à Corregedoria da Polícia Civil, que realizavam uma ação de fiscalização em bares e restaurantes, na região da Vila Madalena.

Na altura do número 578 da Rua Aspicuelta, eles foram acionados por um motorista de aplicativo. O rapaz, de 26 anos, afirmou que seu carro havia sido atingido pelo veículo da namorada de Gentil.

A mulher teria tentado fugir e, por isso, foi abordada pelos GCMs. Ela, ainda de acordo com os guardas, “apresentava evidentes sinais de embriaguez.”

Quando foi informada de que seria levada ao 14º DP, ela ficou “bastante nervosa”, acrescentando que iria ligar para o namorado delegado de polícia.

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GCM se posiciona em frente ao delegado, que está aparentemente bêbado
Delegado empurra GCM, que perde equilíbrio
GCM cai no chão após empurrão de delegado
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Delegado é segurado por GCM e PM, em frente ao 14º DP (Pinheiros)

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GCM se posiciona em frente ao delegado, que está aparentemente bêbado

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Delegado empurra GCM, que perde equilíbrio

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GCM cai no chão após empurrão de delegado

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No momento em que chegou à delegacia, Gentil, segundo os guardas, começou a desrespeitá-los afirmando: “Vocês não são bosta nenhuma para levar minha mulher para a delegacia e quero ver se vão levar mesmo.”

Na sequência, “bastante exaltado e enfurecido”, o delegado teria entrado no carro do motorista de aplicativo, “na tentativa de coagi-lo a não registrar a ocorrência.”

Em nenhum momento ele apresentou sua carteira funcional de delegado.

Quando um GCM pegou no braço de Gentil para tentar tirá-lo do carro de aplicativo, ele teria feito menção de sacar sua arma, que estava na cintura. Nesse momento, o guarda usou a arma de choque.

As ofensas prosseguiram, até que o delegado agrediu os guardas, derrubando um deles no chão. Todos foram encaminhados à Corregedoria, onde prestaram depoimento e foram liberados.

A pistola de Gentil foi apreendida. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo afirmou, em nota encaminhada ao Metrópoles, que o caso foi registrado pela Corregedoria da Polícia Civil como irregularidade funcional, embriaguez ao volante, fuga do local do acidente, desacato e resistência.

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