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Delegado da PF baleado teve perda de massa encefálica e deve ser transferido

Delegado da PF foi atingido de raspão na cabeça e está internado na UTI de hospital no Guarujá; médicos tentam conter pressão craniana

atualizado

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PF Foto colorida com moldura do delegado da polícia federal thiago selling de terno preto camisa branca, gravata e óculos - metrópoles
1 de 1 PF Foto colorida com moldura do delegado da polícia federal thiago selling de terno preto camisa branca, gravata e óculos - metrópoles - Foto: Divulgação/ADPF

São Paulo – O delegado da Polícia Federal Thiago Selling Cunha, 40 anos, baleado na cabeça durante uma operação de busca e apreensão nessa terça-feira (15/8) no Guarujá, litoral paulista, teve perda de massa encefálica e segue internado na UTI do Hospital Santo Amaro. A cirurgia a que Selling foi submetido foi bem sucedida, mas os médicos atuam agora para conter a pressão craniana provocada pelo ferimento.

O tiro de pistola 9 milímetros atingiu o delegado perto da região ocular. A bala o feriu de raspão e a perda de massa encefálica, segundo os médicos, foi “mínima”. Ainda assim, a bala atingiu o osso, e os fragmentos estão provocando inchaço no cérebro. A situação, monitorada pelos médicos, não é considerada grave.

A família pretende transferi-lo para o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, assim que seu quadro se estabilizar, o que pode acontecer ainda nesta quarta-feira. Viaturas da PF estão no hospital do Guarujá para realizar a escolta da transferência.

Tiroteio em comunidade

O delegado da PF foi atingido durante tiroteio na comunidade da Cachoeira. Dois suspeitos foram presos com uma submetralhadora, uma pistola, drogas e dinheiro. A PF não deu detalhes sobre os objetivos da operação.

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Delegado foi socorrido por colegas
Ataque ocorreu na manhã de uma terça-feira
Armas apreendidas
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Armas e drogas apreendidas com suspeitos de atirar em delegado da PF

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Delegado foi socorrido por colegas

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Ataque ocorreu na manhã de uma terça-feira

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Armas apreendidas

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A Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol) emitiu uma nota de “repúdio ao ataque sofrido pelo delegado” da PF, classificado como “ato de violência covarde”.

O Sindicato dos Policiais Federais de São Paulo também condenou o episódio. “É intolerável que o crime organizado, balizado e patrocinado pelo tráfico internacional de drogas, continue ocupando espaço na Baixada Santista e tirando vidas de inocentes e de policiais, sejam civis, militares ou federais. Mais do que nunca, é necessária intervenção na região, com a ação efetiva dos três poderes (União, Estado e Município) contra facções e seus membros”, disse o sindicato em nota.

Mulher grávida

O delegado da Polícia Federal (PF) atua há cerca de cinco anos no combate a crimes contra o patrimônio em São Paulo e compartilhou com colegas, nos últimos meses, a ansiedade com o nascimento de sua primeira filha ainda neste ano. A mulher foi para o Guarujá nessa terça-feira para acompanhar o marido no hospital.

Nascido na Bahia, Selling é descrito por colegas como um policial “vibrante” e muito atuante nas operações de rua da PF e na direção do sindicato da categoria. Antes de se tornar delegado, há cerca de 10 anos, ele já era escrivão da Polícia Federal e trabalhou em Belém, no Pará, até chegar a São Paulo, em 2018.

Operação Escudo

A ação envolvendo o delegado da PF ocorre em meio a uma megaoperação deflagrada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) no litoral sul paulista, após o assassinato do soldado Patrick Bastos Reis, de 30 anos, das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), a tropa de elite da Polícia Militar de São Paulo.

O PM foi morto no dia 27 de julho, também no Guarujá, atingido por uma disparo de 9 milímetros na região do tórax, dentro da viatura, enquanto fazia patrulhamento com outros quatro policiais na periferia da cidade. Após o episódio, ao menos 18 suspeitos foram mortos em supostas trocas de tiro com policiais na Operação Escudo. Mais de 360 pessoas foram presas, e 800 quilos de drogas, apreendidos, em duas semanas.

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