Defesa de Marçal: laudo falso foi “livre manifestação de pensamento”
Advogados de Marçal avaliam que ele “não fabricou o conteúdo, limitando-se a divulgá-lo” e que processo eleitoral não foi prejudicado
atualizado
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São Paulo — A defesa do influenciador Pablo Marçal, candidato do PRTB derrotado na disputa pela Prefeitura de São Paulo, disse para a Justiça eleitoral que o falso laudo que acusa Guilherme Boulos (PSol) de ser usuário de cocaína divulgado pelo ex-coach foi apenas uma “livre manifestação do pensamento”.
Os advogados de Marçal disseram, em manifestação protocolada no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) nessa segunda-feira (7/10), que ele “não fabricou nem manipulou o conteúdo veiculado, limitando-se a divulgá-lo de forma como foi expedido”.
O documento diz ainda que o influenciador não prejudicou a integridade do processo eleitoral com a publicação do laudo falso dois dias antes das eleições: “Se a propaganda veiculada tivesse causado danos ao equilíbrio do pleito, fatalmente o representante (Boulos) não teria avançado para o segundo turno”.
Após a divulgação do laudo falso, a campanha de Boulos ingressou com um processo sobre propaganda eleitoral em que pediu a exclusão do post de Marçal, além da suspensão do perfil e pagamento de multa. Os representantes do PSol apresentaram ainda uma notícia-crime contra o influenciador, com pedido de prisão.
Tanto a perícia da Polícia Civil quanto da Polícia Federal concluíram que o laudo é falso.
Os advogados de Marçal pediram a suspensão do andamento de uma das ações em trâmite no TRE-SP até a conclusão da investigação criminal em andamento no mesmo Tribunal. O influenciador é alvo de um inquérito da Polícia Federal que apura a suposta prática de calúnia, difamação e injúria durante a propaganda eleitoral contra Boulos. Ele nega ter praticado qualquer irregularidade.