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Defesa de dono do Porsche diz que prisão é injusta e planeja ir ao STF

Fernando Sastre Filho dirigia o Porsche no momento do acidente que causou a morte do motorista se entregou à polícia nessa segunda-feira

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Imagem mostra homem com camiseta preta; ele é Fernando Sastre Filho, preso após atropelar e matar motorista de aplicativo com seu porsche - Metrópoles
1 de 1 Imagem mostra homem com camiseta preta; ele é Fernando Sastre Filho, preso após atropelar e matar motorista de aplicativo com seu porsche - Metrópoles - Foto: Reprodução/TV Globo

São Paulo – O advogado Jonas Marzagão afirmou que já planeja recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) e “vai provar a inocência” do empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, preso após ser acusado de beber, dirigir seu Porsche em alta velocidade e causar a morte de um motorista de aplicativo.

O dono do Porsche se entregou à polícia na tarde dessa segunda-feira (6/5), três dias depois de ter a prisão preventiva decretada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). Pela manhã, a defesa havia entrado com habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para derrubar a medida.

O habeas corpus, no entanto, só deve ser julgado na terça-feira (7/5). Em caso de negativa, a defesa deve apelar ao Supremo.

“Nós vamos ao STF”, declarou Marzagão, que questiona a decisão de prender o empresário. “Lógico que a defesa discorda, mas vamos discutir isso na esfera certa, que é a Justiça”.

Ao julgar um pedido de prisão preventiva, o juiz não aborda o mérito da ação — ou seja, se o réu é culpado ou inocente –, e sim se a liberdade do acusado pode colocar em risco o andamento do processo.

Para o Ministério Público de São Paulo (MPSP), Fernando Sastre Filho responde a crime grave (homicídio qualificado) e teria combinado o depoimento da namorada. A defesa nega que tenha o feito.

Marzagão afirma, ainda, que vai demonstrar ao longo da ação que o empresário não cometeu um homicídio qualificado. “Não temos receio do processo, vamos provar a inocência dele”.

Contra o dono do Porsche, pesam o resultado da perícia, que apontou que ele dirigia a 156 km/h, e o relato de testemunhas que afirmam que ele bebeu antes de provocar o acidente. O preso nega que tenha ingerido álcool.

Homicídio

Fernando Filho é réu por homicídio qualificado e lesão corporal gravíssima. O motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, 52, que dirigia um Renault Sandero, morreu logo após a colisão na Avenida Salim Farah Maluf, na Tatuapé, zona leste de São Paulo, no dia 31 de março.

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Fernando Sastre de Andrade Filho, acusado de homicídio após provocar um acidente com seu Porsche em alta velocidade
Fernando Sastre de Andrade Filho, acusado de homicídio após provocar um acidente com seu Porsche em alta velocidade
Empresário Fernando Sastre de Andrade Filho sai do 30º DP pela porta da frente
Acompanhado da mãe, Fernando Sastre de Andrade Filho se apresentou à delegacia em 1º de abril de 2024
Fernando Sastre de Andrade Filho estava desaparecido
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Motorista do Porsche esteve na unidade policial para prestar depoimento

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Fernando Sastre de Andrade Filho, acusado de homicídio após provocar um acidente com seu Porsche em alta velocidade

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Fernando Sastre de Andrade Filho, acusado de homicídio após provocar um acidente com seu Porsche em alta velocidade

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Empresário Fernando Sastre de Andrade Filho sai do 30º DP pela porta da frente

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Acompanhado da mãe, Fernando Sastre de Andrade Filho se apresentou à delegacia em 1º de abril de 2024

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Fernando Sastre de Andrade Filho estava desaparecido

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Dianteira de carro de luxo ficou completamente destruída

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Asfalto ficou com marcas de pneus após acidente, ocorrido em alta velocidade

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Carro da vítima teve a traseira destruída

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Motorista do Renault Sandero morreu durante atendimento hospitalar

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A outra vítima é o estudante Marcus Vinicius Machado Rocha, 22 anos, que estava de carona no Porsche. Ele fraturou quatro costelas, precisou ser hospitalizado e perdeu o baço. Ele voltou a ser internado no último dia 28 de abril e teve alta nesta segunda-feira (6/5).

Mesmo com sinais de embriaguez, Fernando Sastre Filho recebeu permissão dos PMs para ir embora, sem fazer o teste do bafômetro. Os agentes responsáveis pela liberação indevida também são alvos de investigação.

De acordo com o Ministério Público (MPSP), a policial que atuou na ocorrência teria “cedido a pedido” da mãe de Fernando Sastre Filho e “liberado o responsável [pelo acidente] em estado de flagrância”, para que ele fosse ao hospital, “sem escolta ou vigilância”. O órgão sugere que a Justiça Militar investigue possível caso de corrupção passiva da policial envolvida.

As imagens também mostram que os policiais estavam sem bafômetro — o uso do equipamento, porém, não seria o único recurso para constatar a suposta embriaguez do empresário. Nesse ponto, segundo declarou até o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), a equipe falhou.

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