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Mulher encontrada em decomposição dentro de casa estava morta há dias

Corpo de mulher de 82 anos foi encontrado em estado de decomposição. Filho sabia que a mãe estava morta e diz ter tentado chamar o Samu

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Corpo de mulher de 82 anos foi encontrado em estado de decomposição avançado. Filho sabia que a mãe estava morta e tentou chamar o SAMU - Metrópoles
1 de 1 Corpo de mulher de 82 anos foi encontrado em estado de decomposição avançado. Filho sabia que a mãe estava morta e tentou chamar o SAMU - Metrópoles - Foto: Reprodução/ SBT

São Paulo — A mulher de 82 anos que foi encontrada em estado de decomposição avançado dentro de uma residência no Parque São Lucas, zona leste de São Paulo, na manhã de domingo (3/11), estava morta havia três dias. Policiais militares atenderam denúncia feita pelos vizinhos de forte odor vindo do local.

Ao chegarem na casa de Judith Maria da Silva, os agentes foram informados que o filho dela, Márcio Marqueze, estava em uma padaria próxima. Eles o encontraram e o homem, de 55 anos, entrou no local junto com os policiais.

O odor forte foi sentido pelos PMs e o corpo da mulher foi encontrado no chão com a cabeça apoiada em um travesseiro. Márcio afirmou que sabia que a mãe estava morta há 3 dias e que chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas informaram a ele que não havia disponibilidade de equipes.

Não havia sinais de arrombamento na residência. Em análise preliminar, não foram encontrados sinais de luta corporal. A casa estava suja e com restos de comida espalhados pela sala.

Vizinhas de Judith informaram aos policiais militares que a mulher possuía problemas de saúde e que seu filho bebia constantemente. Ele teria informado às vizinhas que a mãe tinha morrido e que havia sido enterrada, segundo ele, no Hospital Vila Alpina.

Mulher tinha Alzheimer

Márcio relatou que morava com a mãe há 20 anos e que ela era portadora de Alzheimer. Segundo ele, aproximadamente um mês atrás ela teria batido a cabeça no banheiro e ficado internada por 22 dias no Hospital São Mateus.

Cinco dias antes da ocorrência, Márcio conta que ela estava na cama, caiu e bateu a cabeça novamente. Nesse momento, o Samu foi chamado, mas não teria conseguido enviar uma equipe ao local por falta de vagas. Ele deixou a mãe no chão e só então percebeu, dois dias antes do caso, que ela estava morta, mas não procurou ajuda.

Márcio também informou aos policiais que não sabe porque havia um travesseiro embaixo da cabeça de Judith e que não a cobriu. Ele não comentou com ninguém sobre o ocorrido.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública, o caso foi registrado como morte suspeita pelo 42º Distrito Policial (Parque São Lucas). A perícia foi requisitada para análise dos fatos.

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