metropoles.com

De piercing a topete: o que é proibido nas escolas cívico-militares

Escolas cívico-militares do Paraná, onde atual secretário da Educação de SP implantou a militarização, vetam namoro nos colégios e arredores

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Marcelo S. Camargo/Governo de SP
Fotografia colorida mostra coral de estudantes de escola cívico-militar no Palácio dos Bandeirantes; eles estão enfileirados de perfil
1 de 1 Fotografia colorida mostra coral de estudantes de escola cívico-militar no Palácio dos Bandeirantes; eles estão enfileirados de perfil - Foto: Marcelo S. Camargo/Governo de SP

São Paulo – Após a sanção da lei que implementará as escolas cívico-militares no estado, o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) precisará definir as regras dos colégios, que normalmente apresentam veto a namoros e restrições a vestuário e cortes de cabelo.

O secretário executivo de Educação, Vinícius Neiva, disse que o governo deve divulgar em breve as normas de funcionamento das escolas. “Estávamos aguardando a sanção da lei para que a gente pudesse soltar esses detalhes que ainda não foram divulgados”, declarou na tarde dessa segunda-feira (27/5), em evento no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista.

Até o momento, a lei sancionada pelo governo Tarcísio se assemelha ao programa de militarização implementado no Paraná, criado pelo atual secretário paulista da Educação, Renato Feder, quando ele foi o titular da pasta paranaense.

No Paraná, as regras proíbem manifestações de namoro não só dentro das unidades de ensino como também nas proximidades. Também é proibido fumar na escola ou nos arredores mesmo que o estudante em questão não esteja utilizando uniforme.

É obrigatório aos alunos o uso diário do uniforme, composto por calça, camisa social e boina. A camisa deve ser utilizada sempre dentro da calça, enquanto sapatos e cintos precisam ser da cor preta.

As normas descumpridas podem resultar em advertências aos estudantes.

Regras nas escolas

Nas escolas cívico-militares paranaenses são vedadas fotos e gravações de vídeo e áudio sem a autorização dos professores. Também é proibido o uso de piercings e alargadores de orelhas, mesmo que cobertos por esparadrapos ou curativos.

Colares, pulseiras, relógios, anéis e tornozeleiras podem ser usados desde que de forma discreta e sem que ofereçam riscos à segurança dos alunos.

4 imagens
Governador Tarcísio de Freitas discursa durante cerimônia de lançamento da Frente Parlamentar das Escolas Cívico-Militares
Escolas cívico-militares são criticadas por especialistas
Programa de escolas cívico-militares do governo federal foi  encerrado pelo governo Lula em 2023
1 de 4

Tarcísio enviou projeto das escolas cívico-militares à Alesp em março de 2024

Divulgação / Governo de SP
2 de 4

Governador Tarcísio de Freitas discursa durante cerimônia de lançamento da Frente Parlamentar das Escolas Cívico-Militares

Vinícius Schmidt/Metrópoles
3 de 4

Escolas cívico-militares são criticadas por especialistas

Vinícius Schmidt/Metrópoles
4 de 4

Programa de escolas cívico-militares do governo federal foi encerrado pelo governo Lula em 2023

Governo de Goiás/Divulgação

Regras para as alunas

As alunas devem manter os cabelos presos em coques, tranças ou rabo-de-cavalo e só podem pintá-los se mantiverem uma cor discreta, semelhante à natural. Não são permitidos adereços chamativos como “tererê”, que utilizam enfeites coloridos.

A elas o uso de brinco é permitido desde que sejam pequenos, ou seja, que não ultrapassem o lóbulo da orelha, e a maquiagem só é permitida se “aplicada com moderação, em tons suaves”.

Também é recomendado que as unhas sejam curtas e aparadas, sem ultrapassar a ponta dos dedos, e pintadas em tons claros e discretos.

Regras para os alunos

Já os estudantes do sexo masculino são orientados a cortar o cabelo no corte “meia cabeleira”, sem topetes, moicanos, tinturas ou cortes com símbolos e riscos. É desaconselhado a eles o uso de bigode, barba ou cavanhaque.

Aos rapazes é vedado o uso de brincos, mesmo que cobertos por curativos, ou talhos na sobrancelhas.

A Secretaria Estadual da Educação visa implementar o projeto das escolas cívico-militares a partir de 2025. Para isso, a pasta prevê realizar consultas públicas para ver quais escolas estão interessadas em aderir à proposta e divulgar as escolhidas até agosto deste ano.

De acordo com o governo paulista, a adesão será voluntária e direcionada a escolas com índices de rendimento inferiores à média estadual ou que apresentem histórico de violência. A gestão Tarcísio prevê a implementação do modelo em cerca de 100 escolas no estado.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSão Paulo

Você quer ficar por dentro das notícias de São Paulo e receber notificações em tempo real?