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“Dava aula porque curtia”, diz filho de professora morta em escola

Professora de Biologia, Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, era técnica aposentada do Instituto Adolfo Lutz e escolheu a escola para dar aula

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São Paulo – “Ela dava aula porque curtia mesmo, já era aposentada”. É o que relata o filho de Elisabeth Tenreiro, 71 anos, assassinada na manhã desta segunda-feira (27/3) por um aluno na Escola Estadual Thomázia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo.

“Ela não tinha muito com o que se preocupar em relação à vida financeira. Se aposentou do Instituto Adolfo Lutz para dar aula”, contou Marco Antônio de Moraes Barros Filho, um dos filhos de Elisabeth, ao Metrópoles.

Elisabeth estava em frente à mesa onde lecionava, conferindo o celular, quando o aluno a surpreendeu usando uma máscara e a golpeou ao menos dez vezes pelas costas. Segundo pais de estudantes, a professora teria apartado, na última semana, uma briga do adolescente que a matou com outro estudante, e por isso se tornou alvo dele.

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Pais chegam desesperados em escola onde adolescente de 13 anos entrou nesta manhã e esfaqueou quatro pessoas
Polícia Militar na escola onde ocorreu o ataque
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Ataque ocorreu na escola Escola Estadual Thomazia Montoro

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Pais chegam desesperados em escola onde adolescente de 13 anos entrou nesta manhã e esfaqueou quatro pessoas

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Polícia Militar na escola onde ocorreu o ataque

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Testemunhas contam o terror que viveram

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Maria do Livramento, mãe de aluno

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Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública, durante entrevista para a imprensa

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Renato Feder, secretário de Educação, durante entrevista para a imprensa

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“Escolheu a escola”

Professora de Biologia, Elisabeth foi técnica de laboratório no Instituto Adolfo Lutz, instituição laboratorial de ponta no estado, entre 1975 e 2020. Em 2015, começou a lecionar na rede pública e precisou escolher entre manter a carreira no laboratório ou seguir com o ensino.

“Ou ela continuava no Adolfo Lutz ou continuava na escola. E escolheu a escola”, disse Marco Antônio.

Elisabeth era recém-chegada à Thomazia Montoro. Até o ano passado, ela lecionava na E.E. Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, no Alto de Pinheiros, também na zona oeste da capital paulista. Nas redes sociais, assumiu a postura de avó coruja e divulgava feitos das netas, além de fotos com os filhos e amigos.

No âmbito acadêmico, publicava nas redes conteúdos sobre química e biologia (“essa é boa mesmo”, riu de piada que dizia que “tem muito halogênio se achando gás nobre”). Também gostava de passar recados positivos aos estudantes antes das provas.

“Desejo a todos os alunos uma ótima prova. Confiram o que precisam para levar (documento, caneta, água), usem roupas confortáveis e tenham calma, que tudo dará certo. Boa prova”, escreveu ela no primeiro dia de avaliação do Enem, em novembro do ano passado.

Abaixo da postagem, uma seguidora comentou: “Professora, você é uma fofa”.

Além da professora morta, outras quatro pessoas ficaram feridas no ataque. Segundo a Polícia Militar de SP, tudo começou por volta das 7h20.

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