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Datena passa dia em hospital e diz que não desistirá de candidatura

Depois de cancelar agendas e passar o dia no Hospital Sírio-Libanês, onde realizou exames, Datena diz que terá de fazer um cateterismo

atualizado

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Imagem colorida mostra homem grisalho, com sobrepeso. Ele veste camisa jeans e óculos escuros - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra homem grisalho, com sobrepeso. Ele veste camisa jeans e óculos escuros - Metrópoles - Foto: William Cardoso/ Metrópoles

São Paulo O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Luiz Datena, deixou o Hospital Sírio-Libanês no fim da tarde desta terça-feira (3/9) depois de cancelar a agenda de campanha pela manhã e passar por exames generalizados.

O apresentador da TV Bandeirantes disse que se sentiu mal na segunda (2/9), resolveu passar por uma consulta por precaução e descobriu que terá de fazer um cateterismo, seguido da implantação de um sétimo stent cardíaco. Ainda assim, declarou que não desistirá da candidatura.

“Tenho problema de saúde desde 20 anos atrás, quando retirei um tumor no pâncreas. Isso me causou um diabete gravíssimo. Esse diabete foi minando as minhas coronárias, meu coração. Tenho seis stents”, disse Datena ao deixar o local pouco depois das 17h.

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O apresentador José Luiz Datena durante evento de filiação ao PSB, em dezembro de 2023
Tabata Amaral (a esq.) e Datena (a dir.) durante evento de filiação dele ao PSB
Datena
Datena junto de Lula, em encontro em São Paulo
Datena ao lado de Bolsonaro em Brasília
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A deputada federal Tabata Amaral ao lado do apresentador José Luiz Datena e do ministro Marcio França no lançamento da pré-candidatura dela à Prefeitura de SP

Marcelo Chello/Especial Metrópóles
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O apresentador José Luiz Datena durante evento de filiação ao PSB, em dezembro de 2023

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Tabata Amaral (a esq.) e Datena (a dir.) durante evento de filiação dele ao PSB

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Datena

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Datena junto de Lula, em encontro em São Paulo

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Datena ao lado de Bolsonaro em Brasília

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Guilherme Boulos e José Luiz Datena no Brasil Urgente

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Datena comentou o caso do delegado em seu programa na televisão

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Datena agradeceu aos médicos e disse que está mais motivado do que nunca.

“Se não fossem esses procedimentos que a gente espera que um dia povo brasileiro tenha, saúde igual para todo mundo, eu não estaria aqui para disputar uma eleição. Estou com mais vontade do que nunca. Não tenham dúvida de que isso me enche de vontade de participar de uma eleição, mesmo tendo pequenos problemas.”

Segundo o candidato do PSDB, os exames e os problemas de saúde não prejudicam sua campanha. “‘Ah, prejudica o seu rendimento?’ Prejudica se eu tiver um infarto e morrer. Nunca vi ninguém ser eleito estando morto”, disse. “Estou com saúde suficiente para disputar a eleição. Foi uma intercorrência um pouco mais séria, mas, aparentemente, está resolvida”, disse.

Datena disse que pretende manter o ritmo, mas que talvez descanse nesta quarta (4/9) — estava prevista uma visita ao bairro de Piraporinha, na região do M’Boi Mirim, na zona sul da capital paulista. “Foi uma bateria de exames. Exames são cansativos, agulhada para cá e para lá, máquina para lá e para cá. Estou desde cedo aqui”, afirmou. O apresentador também pediu desculpas por não ter participado na manhã desta terça de sabatina que seria promovida pelo UOL e pela Folha de S. Paulo. “Não foi por má vontade, mas por falta de condição de atender a esse convite”, disse.

O apresentador afirmou que um dos exames teve uma alteração em uma enzima que marca a saúde do coração. “Veio alterado, mas depois, na reprova, o marcador apontou nível bom. Mas, mais para frente, vou ter que fazer o sétimo cateterismo e botar o sétimo stent”, disse. “Tô virando o Robocop, porque o que tem de pecinha no meu coração… Mas isso é mais para frente, depois da eleição”, disse, citando que fez todo tipo de exame.

Durante o dia, na portaria do Sírio-Libanês, o cardiologista Roberto Kalil afirmou apenas que Datena passou por exames de rotina.

Ritmo pesado

Datena disse que não sabia que o ritmo de uma campanha era tão pesado e que, pelos problemas que tem, decidiu antecipar seus exames de rotina. “Tento fazer o máximo possível. Já faço isso na televisão. Trabalho três horas e meia em pé por dia, mais duas horas e meia quando trabalhava na rádio. Para mim, pensava que era mais fácil. Mas é extenuante, estressante e você tem que consertar, dirigir o rumo.”

O candidato do PSDB disse que teve “alguns probleminhas” na tarde dessa segunda e não se sentiu muito bem. “Fico muito triste quando vejo em redes sociais pessoas torcendo para que outros morram. Olhem o nível ao qual chegamos, ‘tomara que fulano morra, tomara que sicrano tenha um ataque cardíaco’. Isso é bestial, mas Umberto Eco já dizia que se tinha 6 bilhões naquela época, quantos idiotas tem a rede social? [Mas] Tem gente bacana, gente legal, que contribui para a sociedade”, disse.

Datena afirmou também que dentro do PSDB há grandes exemplos de políticos que superaram doenças, como Bruno Covas e o avô Mario Covas. “Bruno foi um herói quando, com uma doença grave, conseguiu vencer uma eleição. ‘Ah, Datena, você está citando o Bruno para ser eleito prefeito de São Paulo?’ Não. Estou citando o Bruno porque sou fã dele, sou fã do Mario Covas”, disse.

Pedir votos

Datena reafirmou nesta terça que não pede votos aos eleitores. “Eu vou ser prefeito se o povo quiser me eleger. Não vou, de forma alguma, lutar desesperadamente para ser prefeito de São Paulo e nem de lugar nenhum. Acho que as pessoas têm que ser eleitas. Se o povo me escolher, tudo bem. Se o povo não me escolher, pelo menos tentar, eu tentei. Dessa vez, eu tentei. Das outras vezes, eu não tentei e me arrependo”, disse.

Datena também citou Winston Churchill ao dizer que é possível se recuperar do fracasso, mas não da desistência. “Claro que não vou desistir da campanha. Vou deixar essas pessoas do mal, realmente, muito chateadas, mas eu vou fazer com que elas fiquem mais chateadas ainda, porque prometo combater os criminosos que se aproximam da política. Bandidos do PCC, que, segundo levantamento da polícia de São Paulo, chegam próximos da política cada vez mais”, afirmou.

O candidato disse que já viveu boa parte da vida e que não tem medo de morrer. “Já passei por várias cirurgias, problemas difíceis, por isso quero enfrentar esses caras de peito aberto.”

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