Datena diz que não foi consultado sobre uso de cadeirada em propaganda
José Luiz Datena, candidato do PSDB à Prefeitura de SP, diz que não foi consultado sobre uso de cadeirada em Marçal na propaganda eleitoral
atualizado
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São Paulo — O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Luiz Datena, afirmou nesta segunda-feira (23/9) que não foi consultado e, também por isso, não autorizou o uso da cadeirada em Pablo Marçal (PRTB) na propaganda eleitoral. Apesar disso, o apresentador disse que não se arrepende da agressão após as provocações do adversário.
A declaração foi dada durante entrevista ao SP1, da TV Globo. “Se houve [o uso da cadeirada a propaganda], foi da campanha, não me consultaram, não autorizei. Disse que nem queria mais falar sobre esse assunto, que é superado publicamente. Não quero fazer uso desse fato em campanha política. Não é um ato de democracia, é um ato de defesa. Se foi utilizado pela campanha, foi mal utilizado.”
Na última quinta-feira (19/9), inserção veiculada em rádio destacou trecho do debate da TV Cultura no momento em que Marçal diz: “Você atravessou o debate outro dia para me dar um tapa, mas nem para isso você é homem”. A propaganda adota um tom grave na sequência e o narrador diz: “Datena fez o que você pensou”.
Na última semana, a cadeirada em Marçal despertou reações conflitantes no ninho tucano. Embora tenha sido considerada “reprovável”, a agressão também serviu para mobilizar apoiadores em torno da candidatura do apresentador. Nas ruas, a reação de Datena caiu na boca do povo e, ao menos no Capão Redondo, o candidato foi saudado por parte dos eleitores.
O apresentador disse que não se arrepende da cadeirada, que chamou de “gesto de defesa”. “Não me arrependo do gesto de defesa, depois de ataques mentirosos, canalhas, sobre fatos que não aconteceram, que foram investigados pela polícia e arquivados. Ser chamado de estuprador perante o Brasil inteiro, não consegui resistir, tive uma atitude humana”, afirmou.
Datena disse também que não repetiria a agressão. “Eu me arrependo, é claro, de um gesto lamentável como esse acontecer num debate, que é um espaço democrático, mas eu não pude me conter. Agora, se eu faria de novo? Evidente que não”, disse.