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Datena diz que é difícil ser eleito e compara PSDB ao Corinthians

José Luiz Datena (PSDB) disse que pela posição nas pesquisas é difícil ser eleito prefeito de SP e que vaidade prejudicou o PSDB

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1 de 1 Imagem mostra homens de óculos escuros - Metrópoles - Foto: William Cardoso/Metrópoles

São Paulo — O candidato José Luiz Datena afirmou nesta sexta-feira (6/9) que é muito difícil ser eleito prefeito de São Paulo e que o PSDB, seu partido, deu tudo o que era preciso para fazer uma boa campanha, embora viva um momento similar ao do Corinthians, que luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro.

A declarações de Datena foram dadas na sede da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Adpesp), quase no cruzamento entre as avenidas Ipiranga e São João. O candidato parecia mais disposto do que no dia anterior, quando cancelou a caminhada que faria com apoiadores na Avenida Paulista. “Não sou Moisés para caminhar todo dia”, disse nesta sexta, como justificativa.

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José Luiz Datena na sede da associação dos delegados, na Avenida Ipiranga, no centro de São Paulo
José Luiz Datena na esquina entre as avenida Ipiranga e São João, no centro de São Paulo
José Luiz Datena na sede da associação dos delegados, na Avenida Ipiranga, no centro de São Paulo
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José Luiz Datena na esquina entre as avenida Ipiranga e São João, no centro de São Paulo
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Entregador passa diante de José Luiz Datena na esquina entre as avenida Ipiranga e São João, no centro de São Paulo

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José Luiz Datena na esquina entre as avenidas Ipiranga e São João, no centro de São Paulo

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O candidato tucano viu despencarem as suas intenções de voto nas pesquisas mais recentes, caindo de 14% para 7% entre os levantamentos realizados em 7 de agosto e na quinta-feira (5/9).

“Mais do que já fiz, está além das minhas forças. Não pensei que uma campanha política fosse tão puxada como é. Tenho a saúde debilitada, cada vez mais. Estou na garra, na força, na luta fazendo campanha política”, disse. Na terça-feira (3/9), chegou a passar o dia no Hospital Sírio-Libanês, onde fez exames após passar mal.

Datena fez ressalvas em relação às pesquisas, disse que talvez elas não tenham detectado seus eleitores que, segundo ele, estão na periferia da cidade. Questionou, inclusive, se alguém da imprensa tinha sido entrevistado por pesquisadores. Mas, por fim, admitiu que tem contra si um cenário bastante desfavorável.

“Houve pesquisa reversível? Houve. Houve pesquisa que errou? Houve. Errar por 10 pontos? Acho difícil. Ser eleito prefeito de São Paulo? Acho difícil, pela posição nas pesquisas. Mas não custa nada tentar, porque o único objetivo com as forças que eu tenho é fazer o bem pelo povo de São Paulo”, disse.

Datena também voltou a criticar o fato de que é impedido de falar em seu programa na televisão, enquanto Pablo Marçal (PRTB) é livre para usar as redes sociais, dizendo que a legislação eleitoral está defasada em relação aos comunicadores. Por fim, ainda brincou. “Ah, isso é choro de perdedor, Datena? É”, disse.

PSDB

Ao comparar a situação atual de seu partido à vivida pelo Corinthians, disse: “A situação do partido, não é vergonha dizer… Parece o Corinthians, o PSDB. Tem camisa, já ganhou campeonatos, foi campeão do mundo”, disse o candidato, que é corinthiano e acompanha o momento dramático do alvinegro, na zona de rebaixamento do Brasileiro e enfrentando uma série de problemas extracampo.

Depois, detalhou o panorama tucano, segundo a sua percepção. “É um partido muito forte, com grande chance de se reerguer, mas que foi prejudicado por muitas vaidades. Pela mosca azul do Machado de Assis, vai, vamos dizer assim (foi atraído pelo poder). Muita gente usou o partido para se promover e vive uma situação complicada não só em São Paulo, mas no Brasil”. afirmou.

A escolha de Datena como candidato à prefeitura provocou, inclusive, trauma dentro do partido, com a expulsão do ex-presidente do diretório municipal do PSDB, Fernando Alfredo, que é apoiador de Ricardo Nunes (MDB) e chegou a afirmar que o apresentador “é o biruta de heliponto da política, que almeja o poder para proveito próprio, para seus prazeres mundanos do ego e da infâmia”.

Apesar do início conturbado, Datena disse nesta sexta que o partido tem cumprido com o que foi prometido. “Tudo que eu precisava, o PSDB cumpriu. Eu queria uma campanha barata, vou continuar fazendo uma campanha barata”, afirmou.

Questionado sobre a reta final, Datena disse que gostaria de tomar um energético para “criar asas”. “O que tenho para dar como político, estou dando”, disse.

“A nossa equipe de trabalho é excelente, de profissionais de qualidade, muito boa, de marketeiros de primeira. Nosso técnicos são ótimos. Tenho um vice-prefeito (José Aníbal) com um nome enorme na política, que participou de campanhas que salvaram esse país”, disse.

A despeito da equipe da qual dispõe, Datena é considerado incontrolável e alguém que foge ao script dos candidatos convencionais, tanto que reforçou nesta sexta qual continuará a ser sua estratégia até o dia da votação. “Eu não saio na rua pedindo votos, eu saio na rua cumprimentando as pessoas e agradecendo pelo carinho. ‘Ah, mas aí suas chances ficam reduzidas’. Que se exploda, cara! Se de repente não quiserem votar em mim, não vão votar em mim”, afirmou.

O fato de ser o candidato mais conhecido da população não tem se transformado em intenção de voto, tanto que já se aproxima daqueles considerados nanicos.

O apresentador também criticou pessoas que o apontavam como favorito por causa da televisão e que falam, agora, sobre a preponderância da internet na eleição, por causa de Marçal. “É como comentarista que, quando o time está ganhando de 2 a 0, diz ‘é o maior time do mundo’. Toma três, perde de virada, e fala ‘é a maior porcaria de time que já vi na minha vida’.”

Datena também voltou a dizer que se arrepende de ter escolhido o pleito no qual estará metido até o dia 6 de outubro. “Não sou gênio para desempenhar papel de político, que eu nunca exerci. Tentei e achei que estava mais certo quando não saí como candidato do que agora que eu estou, para falar com sinceridade. Preferia não ter entrado do que participar de uma campanha tão disputada como essa daí”, disse.

Debates e agressão

Datena afirmou que ainda não é bom para se comunicar como político. Voltou a afirmar que se atrapalhou no primeiro debate, mas que depois melhorou.

“Acho que foi tão bom o segundo debate para mim que todos os críticos disseram que ninguém ganhou. Já é um bom sinal, né? Se ninguém ganhou, significa que eu não perdi”, disse.

Ainda sobre os debates, relembrou o encontro do último domingo (1º/9) com os demais candidatos, quando, irritado, chegou a deixar seu púlpito para ficar cara a cara com Marçal. A mediadora inclusive solicitou a presença de seguranças, mas não foi necessária a intervenção.

“Disseram pra mim ‘você deveria ter dado uma porrada naquele cara (Marçal), porque subiria 10 pontos’, mas resolvi não partir para agressão, porque é a pior forma que você tem de se expressar”, afirmou. “Estive perto de agredir aquele sujeito, mas não agredi, porque, realmente, não tenho nem idade e hoje tenho educação suficiente para reconhecer que você tentar resolver fisicamente alguma coisa é difícil”, afirmou.

Financiamento

Datena voltou a falar sobre financiamento de campanha, reafirmando que não quer doadores. O apresentador aproveitou para criticar Pablo Marçal (PRTB), o que tem feito constantemente ao longo das últimas semanas.

“Depois que ouvi que a Faria Lima está fechada com o Pablo Marçal, que é um candidato que anda pertíssimo do PCC, eu estou muito preocupado com a Faria Lima. Preocupadíssimo. Não sei como eles conseguem chegar em casa, olhar para as famílias dizendo que vão votar envergonhados no Pablo Marçal para não eleger o Boulos, por exemplo. É o fim do mundo”, disse.

Ao falar sobre a visita à Adpesp, o apresentador disse que pretende também conversar pessoalmente com representantes da PM e com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), que apoia o adversário Ricardo Nunes (MDB). “Não sei se ele vai me receber, mas ele recebeu o Pablo Marçal. Quem recebe o Pablo Marçal pode receber qualquer um, né?”, disse.

Por fim, Datena disse que ao migrar do jornalismo esportivo para o policial ganhou a pecha de sensacionalista por causa de seus programas. Afirmou que, agora, todos os candidatos têm abordado a pauta da segurança pública e não são chamados da mesma forma. “Eu que era sensacionalista estou virando o Ghandi da eleição.”

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