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Datena ataca ação “fascista” na Cracolândia e verba a “ônibus do PCC”

Apresentador José Luiz Datena deu sua primeira entrevista como pré-candidato à Prefeitura e fez série de ataques ao prefeito Ricardo Nunes

atualizado

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Reprodução/ SBT
José Luiz Datena
1 de 1 José Luiz Datena - Foto: Reprodução/ SBT

São Paulo — Em sua primeira sabatina como pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, o apresentador José Luiz Datena (PSDB) fez uma série de ataques à gestão do atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), a quem acusou de de ter abandonado a região central, e disse que vai suspender o programa que prevê ônibus gratuitos aos domingos.

Datena disse que vai “nomear Deus como secretário da Segurança”, ao ser questionado sobre quais medidas adotaria para resolver a questão da Cracolândia: “Porque só Deus para resolver o problema da Cracolândia”, disse. Contudo, ele defendeu aumento da investigação policial sobre a chegada de drogas à região e o atendimento médico a dependentes químicos que frequentam o local.

O apresentador afirmou que a política de instalação de grades promovida pela gestão Nunes é “reacionária”. “Ele [Nunes] relegou o centro ao quinto plano, para depois ter essas ideias neofascistas, de prender as pessoas em guetos, como nos campos de concentração, ou como na Polônia ou coisa parecida. Eu acho que pego até muito leve com o centro de São Paulo”, afirmou.

Ainda sobre criminalidade, o apresentador fez uma série de citações ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e disse que vai se sentar com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e com autoridades do Ministério Público de São Paulo (MPSP) para enfrentar a facção paulista.

Uma das referências foi acerca das investigações sobre a ligação da organização criminosa com empresas que operam o transporte público de ônibus na capital. Investigações reveladas em abril apontam que o PCC tem ligações com ao menos duas viações que atuam na cidade: Transwolff e UPBus.

“A maior sacanagem é um trabalhador que demora duas horas e meia para chegar no seu trabalho, e duas horas e meia para voltar, estar pagando passagem de ônibus para empresa que é investigada de ser do PCC. O dinheiro continua indo para o PCC”, disse Datena.

Na sabatina, promovida pelo jornal Folha de S. Paulo e pelo site UOL, Datena afirmou também que “não existe esse negócio de tarifa zero”, em referência ao programa de gratuidade nos ônibus implantado pela gestão Nunes.

“Você tem que cobrar um preço justo durante a semana para o cara pagar um preço justo também aos domingos e feriados, onde menos circula gente”. Por isso, promete, irá revogar o programa Domingão Tarifa Zero, que prevê passagens gratuitas nos coletivos municipais aos domingos.

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