Datafolha: rejeição a Marçal sobe 6 pontos e ultrapassa a de Boulos
Rejeição a Pablo Marçal sobe de 38% para 44% da população em um intervalo de duas semanas, segundo pesquisa eleitoral do Datafolha
atualizado
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São Paulo — O percentual de eleitores da capital que não votariam de jeito nenhum em Pablo Marçal (PRTB) subiu seis pontos em duas semanas, de 38% para 44%, colocando o ex-coach como líder no quesito rejeição da pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (12/9).
O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que era o líder em rejeição na pesquisa anterior, ficou na segunda colocação devido ao crescimento de Marçal, mas não reduziu o percentual de eleitores contrários ao seu nome, permanecendo com 37% nos dois últimos levantamentos.
O terceiro candidato com maior rejeição é o apresentador José Luiz Datena (PSDB), que, assim como Boulos, manteve o mesmo percentual de rejeição, 32%.
Por outro lado, ainda de acordo com o levantamento, o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que lidera as intenções de voto segundo o Datafolha, teve uma oscilação para baixo em relação à rejeição ao seu nome. Há duas semanas, 21% dos entrevistados disseram que não votariam nele sob nenhuma condição. Agora, esse número caiu para 19%.
O Datafolha entrevistou 1.204 eleitores presencialmente entre os dias 10 e 12 de setembro. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral com o número SP-07978/2024.
Movimentações
Tanto Nunes quanto Boulos, que juntos têm quase 90% do tempo de propaganda eleitoral gratuita na TV e no rádio, têm veiculado peças publicitárias com ataques a Marçal, destacando as relações de dirigentes de seu partido com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e os processos criminais que o influenciador responde ou já respondeu.
Por pertencer a um partido nanico, sem representação no Congresso Nacional, Marçal não tem tempo de TV e rádio. Ele se defende com ataques a adversários nas redes sociais.
Aliados do prefeito Nunes, porém, consideram que a rejeição de Marçal cresceu pelo fato de ele ter se tornado mais conhecido do eleitorado. Além disso, Marçal, que busca essencialmente os votos do eleitor bolsonarista, se desentendeu com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no último fim de semana, durante um protesto no feriado de 7 de Setembro — e a pesquisa foi realizada a tempo de captar a reação desse eleitorado à briga.