Datafolha: Nunes tem gestão mais bem avaliada que prefeitos petistas
Com 24% de intenções de votos para se reeleger, segundo o Datafolha, o prefeito Ricardo Nunes tem 23% de aprovação do eleitorado paulistano
atualizado
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São Paulo – Nos dois anos e três meses à frente da Prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) teve a gestão mais bem avaliada pelos paulistanos do que prefeitos petistas quando completaram o mesmo período de mandato. É o que indica a pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira (1º/9).
Segundo o levantamento, que ouviu presencialmente 1.092 paulistanos com 16 anos ou mais entre os dias 29 e 30 de agosto, 23% consideram a gestão Nunes boa ou ótima, 49% a enxergam como regular e 24%, ruim ou péssima. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Nunes assumiu a Prefeitura em maio de 2021 após a morte do então prefeito Bruno Covas (PSDB), de quem era vice. Ele busca a reeleição no próximo ano e conta com 24% das intenções de votos na cidade, atrás do psolista Guilherme Boulos, com 32%.
O emedebista foi mais bem avaliado do que Fernando Haddad (2013-2017), Marta Suplicy (2001-2005) e Luiza Erundina (1998-1993), prefeitos que pertenciam ao PT em suas respectivas gestões. Dos três, apenas Haddad, atual ministro da Economia, permanece filiado ao partido.
Haddad teve 20% do eleitorado classificando sua gestão como boa ou ótima e 44% como ruim ou péssima; Marta teve 20% de aprovação e 45% de reprovação; Erundina, 19% de aprovação e 51% de reprovação.
Na série histórica do Datafolha (veja no gráfico abaixo), feita a partir do recorte de dois anos e meio de gestão, o prefeito mais mal avaliado pelos paulistanos foi Celso Pitta (1997-2001), com 73% de reprovação.
O mais bem avaliado foi Gilberto Kassab (2006-2013), hoje secretário estadual de Governo, com aprovação de 33% e reprovação de 26%.
Segundo especialistas, as pesquisas de opinião representam retratos do momento em que são realizadas e tendem a mudar quando repetidas em outras situações e cenários. O último Datafolha sobre a gestão Kassab, por exemplo, em junho de 2012, indicou aprovação de 24% e reprovação de 34%.
A série histórica do recorte de dois anos e meio não incluiu as gestões tucanas de José Serra (2005-2006) e João Doria (2017-2018), pois ambos deixaram a Prefeitura para disputar o governo estadual pouco mais de um ano após assumirem.